Capitulo VI

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Cada dia me afundo mais e mais
Me sinto tão perdida, só queria relaxar
Relaxar e absorver cosias boas
Boas e puras.

Dudda_Ramos

Perdida era assim que eu me encontrava, não sabia onde estava. Sentada no chão de uma sala estranha, feita de pedra com rochas ornamentais sujas, os pilares do local eram feitos de madeira escura quase negra, havia uma porta em sua frente, com um círculo e um pentagrama invertido dentro dele.

Me levantei e percebi que não usava mais as mesmas roupas do dia anterior, mas sim um vestido branco de tecido leve com adornos de ouro em seu pescoço, eu estava sem calçado algum em meus pés. Tocando apenas a superfície rochosa fria.

Tirei uma mexa do cabelo da frente dos meus olhos, observei melhor a superfície rochosa a minha frente. Algo me dizia para tocá-la, meus instintos me levavam para a porta. Mas recuei ao sentir minhas mãos queimarem. Gritei quando vi os símbolos brancos em minha pele. Meu braço estava enfeitado por vários espinhos brancos começando do cotovelo e parando no dorso da minha mão com uma bela flor que estava pintada em vermelho.

que diabos....— me questionei passando uma mão no meu braço, uma rosa vermelha com espinhos brancos estava tatuada ali.

Só podia ser brincadeira do destino, como aquilo apareceu ali?, Onde diabos eu estava. Berrei mais alto na tentativa de chamar atenção, mas a única coisa que consegui ouvir foi o eco e nada mais.

Ouvi um grito, fino, mas desesperado vindo de trás da porta. Aquilo me fez recuar cada vez mais, meu semblante era de total pavor, meu corpo tremeu quando ouvi algo tentar quebrar a porta. Batendo varias vezes nela, como se quisesse sair, os gritos de socorro vinham cada vez mais altos.

Eu estava refém do medo, apavorada e sozinha com sabe-se lá o que tinha atrás daquela porta.

Minutos se passaram é aquela voz continuava a pedir ajuda, mas algo me chamou ainda mais a atenção. Foi ter ouvido uma voz masculina atrás, berrando para que a voz mais fina - que parecia vir de uma mulher - calasse a boca.

Enchi o pulmão de ar e andei com passos firmes — tirando coragem de Nárnia — até a porta. Encostei a mão nela é com a intuição aguçada empurrei o círculo que brilhavam junto das nova marca que eu havia ganhado. Me afastei quando ouvi um barulho esquisito, como se fosse possível ter mecanismo ali, trabalhando para abrir a porta.

Esperei com bastante paciência ate que ela estivesse totalmente aberta. Mas não havia nada ali presente naquela sala que mais parecia um quarto escuro sem janelas com cama de madeira negra bem velha, uma mesa no canto com apareciam velha e havia um ofurô em um canto mais afastado. O quarto não havia nada para que o sol pudesse entrar, era como uma prisão, uma cela minimamente confortável. Sem contar as correntes feitas de ferro pregadas na parede.

Entrei com passos cautelosos, olhando para todos os lados, tomando cuidado com um possível inimigo. Notei as correntes feitas de ferro iam em direção para a cama velha. Olhei para a cama com atenção e vi uma sombra de uma mulher, mas o bizarro era que ela era totalmente branca , com seu brilho apagado, parecia estar morrendo lentamente. Ela sussurrou meu nome, fraca, pedindo ajuda.

Corri ate ela é peguei suas mãos, ajudei ela a ficar sentada, com muito esforço ela conseguiu. A mulher ou sombra branca tinha uma pele puxada para o cinza, seus cabelos eram brancos me lembravam o inverno ou melhor a neve, seus olhos eram incrivelmente acizentados mas em um tom apagado e sem vida. Se olhasse bem veria um olhar carregado com uma tristeza profunda.

A Court of Dreams and WishesOnde histórias criam vida. Descubra agora