Raiva e Vingança

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inata estava um pouco apreensiva para ir até o último andar, por mais que a amiga trabalhasse naquele andar ela nunca havia ido até lá, por isso o seu nervosismo era compreensível naquele momento, não havia dúvidas que havia sido Ino a lhe chamar, talvez lhe fosse pedir algum favor.

Sentiu as mãos tremerem quando o elevador abriu as portar no andar desejado e se sentia uma tola por ficar tão apreensiva, por isso, respirou fundo e esperou encontrar a amiga.

O último andar exalava luxo, havia duas portas de madeira cor mogno que estavam muito bem fechadas, as paredes eram de um tom laranja, mas não muito forte, havia duas poltronas pretas em frente a uma bancada que com certeza deveria pertencer a Ino.

Estava completamente sozinha. Onde estaria Ino? Ela achou melhor sentar e esperar pela amiga loira e foi exatamente o que fez, se aconchegou em uma das poltronas e ficou reparando nos quadros que haviam na parede.

Um barulho fez com que se assustasse e foi quando percebeu que as porta pesadas de madeira não estavam totalmente fechada, movida pela curiosidade ela se aproximou da porta e então ficou ouvindo algo que não deveria ouvir.

— Não seja tão tolo dessa forma, Kakashi. Há anos que você me conhece e sabe que as mulheres não têm muito valor para mim fora da cama — A voz que dizia aquelas coisas é profunda e rouca e parecia estar cheia de gozo e a Hyuuga que ouvia tudo com atenção não havia gostado nenhum pouco do que estava ouvindo, aquilo a enfurecia.

Nunca em sua vida havia sentido tanto raiva, assim de uma pessoa, sabia que quem deveria estar dizendo isso estava ao telefone e provavelmente seria o seu chefe, mas por ser o seu chefe não lhe dava o direito algum de falar daquele jeito das mulheres.

— Minha secretária? Você está falando da Ino? Sim essa é a loira de pernas bonitas. Claro nunca disse que ela não fosse bonita, mas não me interessa em absoluto e você sabe muito bem que nunca me envolvo com funcionárias, principalmente quando essas são tão eficientes no trabalho.

Chega para ela aquilo era demais, até de sua amiga ele falava como se fosse uma mercadoria, se poderia ou não usar. Suas bochechas estavam quentes e sabia muito bem que estava vermelha, não pela vergonha como costumava ficar, mas sim pela raiva que havia tomado no momento. Desprezível era aquele homem.

Alguém lhe tocou no ombro e ela quase gritou, mas se segurou e se acalmou quando percebeu que era a amiga que a olhava com um tom de interrogação e uma expressão nada agradável, esperou que se distanciassem da porta para lhe dar uma bronca.

— Sabe que não deveria estar ouvindo conversas atrás da porta, Hinata. Principalmente do nosso chefe que pode lhe colocar no olho da rua — Sim, Ino estava zangada naquele momento, apesar de estar disposta a conquistar o chefe é uma pessoa muito eficiente no trabalho — Eu esperava isso de qualquer pessoa, Hina, menos de você.

Hinata naquele momento sentia-se envergonhada por seu comportamento e sabia que a loira tinha razão que não deveria estar ouvindo a conversa atrás da porta, mas essa não havia sido sua intenção e nem havia percebido o que estava fazendo.

— Me desculpe, Ino. Não era minha intenção, eu juro — Desculpou-se envergonhada, mas isso não diminuía a raiva que queimava em seu interior, iria se vingar daquele homem.

— Tudo bem, Hinata — Disse a loira suavizando a expressão e disposta a esquecer do assunto já que sua colega havia se desculpado — Agora será que pode me fazer um favor? Estou atolada de serviço, por causa da volta do patrão e não vou conseguir sair para almoçar, tem como me trazer um sanduiche?

— Ah então foi você que me chamou até aqui — Falou se sentindo mais tranquila e tendo certeza que não havia sido aquele homem.

— Claro, quem pensou que fosse? — Seguiu o olhar da Hyuuga até em direção as portas e não pode deixar de rir — Por que pensou que ele faria isso? Deixe de ser tola, Hinata querida, ele nem ao menos sabe que você existe, agora deixe de se preocupar com tolices e vá buscar o meu almoço, sim?

A Noiva de MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora