Nunca foi de mentira

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Furioso. Era como estava se sentindo, queria matá-la por permitir que aquele miserável tocasse em sua pele branca e beijasse seus lábios doces. Como ela podia lhe fazer uma coisa dessas? Queria matá-la, mas não podia.

Fazia mais de uma hora que estava no escritório e não havia conseguido ainda se concentrar em toda a papelada que tinha em cima de sua mesa, por fim desistiu, pois ela não saia de sua mente.

Havia trazido consigo uma garrafa de whisky e tudo o que desejava naquele momento era afogar-se na bebida, para ter somente um único momento de paz, paz dela, miserável.

Ainda a mataria e aquele desgraçado principalmente por tocá-la de forma tão intima.

Sorrio com prazer ao relembrar a cara de dor do moreno ao lhe golpear, um golpe muito bem dado.

— Raios! Por que não sai dos meus pensamentos criatura infernal? — Não saia de seus pensamentos, pois ela era mais importante que o ar que ele respirava e não queria viver mais uma vida sem ela, disso sabia bem, a amava com todo o seu ser e tudo o que menos queria no momento era perdê-la — Bastardo!

Foi um choque para o Uzumaki encontrar sua noiva nos braços de outro homem, justo quando estava chegando no humilde apartamento para lhe fazer uma surpresa, dizer que a amava e que não conseguia mais viver sem ela e foi por causa do choque que havia reagido de maneira tão furiosa.

Não conseguia pensar com clareza, seus pensamentos ainda estavam embaralhados pela confusão, pela própria insegurança de seu tolo coração.

O Uzumaki por causa de seus sentimentos que lhe cobriam a razão, não conseguia perceber que Hinata não havia beijada Kiba por livre e espontânea vontade, a única coisa que habitava seus pensamentos era a vontade de matá-la e o medo de perde-la.

Não perdeu seu tempo enchendo um copo com o liquido âmbar e bebeu diretamente da garrafa, a única coisa que lhe restava fazer no momento era esquecê-la por meio da bebida, já que seu coração e mente não queriam fazer por vontade própria.

Não havia conseguido dormir durante a noite, na verdade nem ao menos percebeu como as horas estavam se arrastando no relógio tudo que conseguia pensar era em sua própria tristeza.

Estava muito pálida e com manchas roxas em baixo dos olhos, mas não se importava, sentia todo seu corpo feminino dolorido e uma leve sensação de letargia, havia chorado quase o tempo todo e sentia-se ridícula.

Não havia querido admitir, mas assim que aconteceu não pode evitar, estava apaixonada, por Naruto e o amava de todo coração, viver sem ele seria o mesmo que uma vida vazia e sentia o coração bater acelerado de esperança quando ele a pediu em casa, para logo por um simples mal entendido acabar com tudo.

Você poderia tentar explicar a ele, pedir que não a deixasse, falar que aceitava seu pedido. Era o que dizia sua voz interior, mas sabia como aquele homem podia ser orgulhoso e talvez jamais a aceitasse de volta, se pelo menos ela soubesse que ele a amasse assim seria tudo diferente.

O barulho estridente do telefone havia tirado de seus pensamentos, mas quando pensou que poderia ser um homem loiro e incrivelmente sexy seu coração bateu acelerado e correu para atendê-lo antes da secretária eletrônica.

— Naruto? — A esperança era tão grande que sentia o ar faltar de seus pulmões e a sua voz saiu quase inaudível, foi apenas um sopro antes de perder totalmente o folego ante a expectativa.

— Não Hinata, é Kushina, tudo bem querida?

Teve vontade de chorar, mas não podia, por isso segurou as lagrimas em seus olhos, seu ultimo suspiro de esperança havia morrido, não que não quisesse falar com aquela elegante senhora cheia de vitalidade de que tanto gostava, mas havia pensado por um momento que...

A Noiva de MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora