Genevieve tentou me dizer, várias vezes, que era perigoso pra mim correr pela floresta sozinha. Nova sempre me perguntava se eu havia visto algum veado ou esquilo ou outro animal enquanto corria. Meu pai não se importava muito; se eu estivesse me exercitando pra ele tudo bem.
Hoje corri pelas árvores sem direção ou propósito. Meus olhos desfocados e eu corria sem me importar, tentando não pensar sobre como é 18 de setembro e ninguém parece se importar. Ao invés disso inspirei o ar fresco da floresta e o cheiro do pinho e do solo, ouvindo meus sapatos baterem levemente contra o caminho de terra. Só o segui, sem prestar atenção ao meu redor.
Corri por um tempo antes de sair dele, diminuindo minha velocidade e continuei pelo macio chão coberto de musgo, cuidadosa em desviar das árvores que eram mais próximas umas das outras. Continuei a correr sem pensar.
Depois de correr por só Deus sabe quanto tempo, me cansei e parei. Me inclinei sobre o tronco de uma árvore, mãos nos joelhos, recuperando o fôlego. Quando minha respiração voltou para sua velocidade normal, olhei pra cima e percebi que não tinha ideia de onde estava.
Eu conhecia essa floresta, não me entenda mal. Mas eu não ia regularmente par fora do caminho, e na maior parte das vezes que corri aqui estava alerta, meus sentidos afiados. Não era constantemente que corria impensadamente como tinha acabado de fazer.
E agora estava perdida.
Desci contra o tronco da árvore, me sentando no chão macio. Ouvi alguns pássaros cantando a distância e o leve rajar do vento pelas árvores.
Decidi que só queria sentar lá por um tempo. Então tentaria achar meu caminho de volta.
Uma pequena joaninha caiu na minha mão, suas manchas pretas contrastando com seu vermelho vibrante. Suas pernas faziam cócegas na minha pele enquanto ela andava em volta da minha mão, extraindo um pequeno sorriso de mim. Joaninhas eram meus insetos favoritos- se eu tivesse que escolher algum. Eu não gostava particularmente de nada estranhamente rastejante, mas com certeza não me importava com uma joaninha aqui e ali.
Observei o pequeno besouro se mover por cima de mim, sem prestar atenção no barulho das folhas atrás de mim até que uma voz profunda me assustou.
"Não se mexa."
Pulei de leve com o som repentino, quase tirando a joaninha de mim em surpresa. Alguém andou em volta da parte de trás da árvore que eu estava sentada contra, se curvando para olhar pra minha mão.
Era um garoto alto com cabelo escuro e seus olhos da cor das árvores em nossa volta, seus lábios um rosa saudável. Suas bochechas eram coradas com uma cor pêssego e seus olhos cerrados enquanto olhava para a joaninha pousada na minha mão.
"Isso é uma beleza," falou, sua voz levemente rouca. "Olhe pra cor vermelha na parte dorsal. Você se importa se eu a coletar?"
"Pra quê?" Perguntei, me movendo levemente para longe dele. Eu não tinha ideia de onde ele tinha aparecido, isso era estranho. Eu estava abismada.
"Observação," respondeu. "É a primeira Coccinellidae que vi nessa floresta. Não se preocupe, vou a libertar quando terminar."
O encarei enquanto ele procurava na mala em seu ombro e retirava um pequeno pote com furos em seu topo, tirando a tampa e segurando para mim.
Movi minha mão hesitantemente em sua direção, a colocando acima do pote até que a pequena joaninha caísse nele, correndo em volta confusamente um vez que estava presa lá dentro.
"Vou colocar um pouco de terra, para ela se sentir em casa," o garoto falou, tirando um pouco de terra do chão e cuidadosamente colocando dentro do pote. Rosquiou a tampa depois disso, colocando o pote na altura de seu rosto para olhar para a joaninha.
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evergreen [h.s.] (tradução) ON HOLD
FanfictionA história de como Luna e Harry são trazidos juntos através de um aniversário esquecido, sujos segredos familiares e uma bela floresta repleta de árvores sempre verdes.