De férias em Nova York - DRARRY

Capítulo X

No quarto hospitalar de John, ouvia-se a voz de Kathryn tentando acalentar os resmungos do garoto. Ele estava sentado com as mãos segurando a cabeça, balançando insistentemente para frente e para trás.

A tia de John sorriu aliviada quando viu Draco. "Veja, John. Olhe quem voltou" disse a mulher.

John o encarou fixamente por um momento, e depois indagou com a voz fraca, "Papai?".

Draco parou estático. John estava o confundindo com Hall. Aquilo significava que o feitiço já estava muito avançado, então ele tinha que ser rápido. No entanto, primeiramente era necessário fazê-lo acreditar que ele não era o seu pai. "Não. Sou eu, Draco. Se lembra?", ele perguntou.

O garoto o encarou por longos e torturantes segundos, antes de concordar com a cabeça. "Oi, Draco" cumprimentou ele.

"Oi", Draco respondeu aliviado. "Eu descobri como te fazer melhorar. Você ficará bem".

John sorriu pequeno, e deitou-se na cama. Draco rapidamente iniciou o processo de enfeitiçamento do anel. Ele mergulhou o anel na poção amarelo fluorescente provocando faíscas.

"Encontraram eles?" quis saber Kathryn.

"Não" respondeu o loiro tristemente. Mesmo naquele momento a preocupação não o deixava.

Então, Draco retirou o anel, observando-o brilhar em um branco bastante forte. Em seguida, ele sacou a varinha e concentrou-se no feitiço que conjuraria. Como qualquer feitiços das trevas, aquele era necessário, por parte do conjurador, que desejasse com toda a força de vontade para que a pessoa que seria enfeitiçada perdesse completamente a magia dela, até a última gota restante de poder. Draco pensou em John sem magia alguma em seu corpo, idealizou que lhe restasse nenhuma força mágica. "Mortus Magicai".

Estava feito, restava apenas colocá-lo no dedo de John. "Pronto?" perguntou o menino.

"Pronto" respondeu Draco. "Se funcionar, você se sentirá muito sonolento e, provavelmente, adormecerá. Você deve acordar novamente somente amanhã".

"Entendi" falou John ajeitando-se no travesseiro.

Deixando um beijo na testa dele, Draco segurou a mão do garoto e deslizou o anel em volta de um de seus dedos. John piscou imediatamente como se uma nova força tivesse tomando o corpo dele, assim Draco soube que havia funcionado. Ele foi ficando cada vez mais sonolento, e piscando cada vez mais demorado, mas antes de se entregar ao sono ele sorriu genuinamente feliz como há muito não fazia. "Não sinto mais a dor, Draco" sussurrou ele finalmente adormecendo.

"Senhor Malfoy" chamou alguém detrás dele.

Draco se virou para ver quem era. Era Nick. "O que... Você foi libertado?" perguntou ele surpreso.

Nick sorriu. "Sim, senhor. Harry descobriu tudo, e contou para a comissária" contou ele.

Como Harry pôde ter contado para a comissária? "Ele voltou?" indagou ele.

"Voltou, senhor. Ele está no escritório da Blackburn neste momento, e me pediu para que viesse avisá-lo".

Por Merlim, Harry voltou. "E Scarlett? Eles estão bem?" quis saber ele animado.

"Eles estão muito bem", ele respondeu.

Draco não registrou enquanto o fazia, ele só percebeu que em algum momento saíra o mais rapidamente possível para os encontrar.

...

Ele ouviu vozes distantes. E elas foram se aproximando cada vez mais, a ponto dele poder distinguir de quem eram as vozes, e de onde vinham. Então, ele abriu os olhos, e estavam todos lá ao seu redor. Vivos e bem.