Capítulo VII

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Harry e Draco aparataram de frente para a Casa dos Hall. 

Estava com todas as portas e janelas fechadas. Era uma casa trouxa comum, apesar de ser um bom imóvel para uma família de classe média-alta. Embora ficasse em uma área trouxa, ela era localizada no final de uma rua deserta, garantindo privacidade total. Os arredores eram bonitos, havia um rio cortando há alguns metros do seu lado esquerdo e uma área florestal à direita.

"Bom lugar para buxos que desejam viver como trouxas. Perto, porém longe o suficiente para evitar problemas" constatou o moreno. "Alohomora".

O interior da casa estava completamente revirado e bagunçado. "Os aurores não investigaram com educação pelo visto" disse Draco.

Harry percorreu os olhos pelo lugar, analisando os cômodos e se perguntando por quantas coisas horríveis eles já haviam servido como palco. "Vamos logo pegar as coisas, devem estar no quarto deles".

O quarto das crianças era realmente bonito, Harry tinha que admitir. Nem parecia que as crianças que nele viviam eram totalmente infelizes. Durante um rápido momento tanto Harry quanto Draco empacaram com a visão de três camas ao invés de duas, mas rapidamente eles se lembraram da coitadinha da Ashley e se encararam envergonhados pelo o esquecimento deles.

"Já vi os livros de Ashley" avisou o loiro.

"E eu o videogame do John", ele disse. Eles os pegaram para levarem.  

Harry se sentia muito nervoso desde de três dias atrás quando Hermione lhe plantou a ideia de adotar as crianças, desde então ele vem pensando arduamente nesta questão. Ele pesou os prós e contras e se surpreendeu descobrindo que não havia contras. Somente a questão de que com elas, a vida deles se tornariam ainda mais corridas do que já seriam, e com certeza iria ser difícil dividir o tempo entre estudo, trabalho e família. Porém, quando Harry imaginava outra família que não ele e Draco junto delas, seu estômago se embrulhava e sua cabeça doía em pensar que, e se esta família também forem ruins com eles como os Dursleys foram com Harry? Ou ainda, e se eles nem encontrarem pessoas que queiram os adotar?

Não, ele queria o fazer. Ele que queria ser a família que mudaria a vida deles. E por isto, Harry enfrentaria qualquer dificuldade que surgisse, porque no final valeria a pena. Entretanto, ele ainda tinha que falar da ideia para o Draco, e ele não fazia a miníma ideia de qual seria a reação dele. Então Harry teria que o sondar com delicadeza para buscar não assustá-lo.

"Fico feliz em saber que eles não retornarão para esta casa", ele disse se sentando em uma cama.

Draco fez o mesmo em outra cama. "É. Eu também" concordou olhando ao redor.

"Já pensou se eles vão conseguir uma nova casa algum dia?" perguntou o moreno, analisando-o atentamente.

"É claro, eles vão morar com a tia deles quando a acharem" respondeu.

"Acho improvável que eles ainda consigam encontrá-la. A mulher está completamente sumida".

O loiro mordeu o interior da bochecha pensativo. "Bem, nesse caso, eles são adoráveis, então eu acho que vão encontrar sim".

Harry grunhiu internamente, Draco estava dando respostas muito impessoais. "Mesmo? Quantas pessoas você conhece que estão dispostas à adotar dois irmãos de idades moderadamente altas?" indagou tentando manter a voz livre de tensão.

Draco juntou as sobrancelhas. "O que deu em você? Por que está tão pessimista?" perguntou.

"Não estou sendo pessimista, estou sendo realista. E você otimista demais" disse deixando escapar uma pequena frustração na última frase.

De férias em Nova York - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora