Em um restaurante de Nova York, Scarlett Hall fingia comer normalmente enquanto pensava em uma forma de pedir ajuda.
Ela tinha pensado em simplesmente começar a correr suplicando por ajuda. Entretanto, ela achou que essa tática provavelmente não daria certo, Andrew com certeza convenceria qualquer um do contrário de qualquer coisa que ela dissesse. Não, primeiro ela precisaria conversar à sós com alguém, longe de seu pai para ter uma chance de fazer a pessoa acreditar nela. Acreditar que ela dizia a verdade e que precisava de ser ajudada, acreditar que Andrew era perigoso e nada cofiável.
Mas para quem pedir ajuda? Em quem confiar? Sabia que não teria uma segunda chance, ela tinha que acertar de primeira. Muitas vidas dependiam do sucesso dela.
Um funcionário seria muito arriscado, eles provavelmente não dariam devida atenção, estariam mais ocupados com seus trabalhos. Sim, funcionários definitivamente não poderia ser. Deste modo, sobrava apenas os outros clientes do lugar. Eles eram em sua maioria trouxas, ela sabia, na verdade, os únicos bruxos por perto eram os dois que Andrew conversou na portaria do restaurante. Mas estes não poderiam ser confiados, eram amigos do pai dela. Então teria de ser algum trouxa. Essa realidade bateu como uma pedra em seu estômago, seria ainda mais difícil explicar tudo à um trouxa.
"Papai, eu posso ir ao banheiro?" perguntou John quase como sussurro.
Hall fez uma careta, mas acenou com a cabeça. "Vai logo. Scarlett leve seu irmão até lá".
"Sim, pai".
Scarlett levou o irmão ao banheiro, que era no final de um corredor atrás da área de refeição. Antes do garoto entrar ele se virou para ela. "Scarlett, o que você vai fazer? Você disse que ia pensar em algo para escaparmos do papai nesse jantar".
Mais cedo, quando o Andrew - depois de reclamar de estar cansado de comer porcaria e desejar comer comida de verdade - aos gritos ordenou que Scarlett fosse se arrumar para jantar fora, e que aprontasse John também, ela contou à John que tentaria alguma coisa para libertá-los de Andrew e pediu, dessa forma, que este a obedecesse sem perguntas com qualquer coisa que ela lhe pedisse.
"Ainda estou pensando, tenho que decidir em quem confiar primeiro. Você confia em mim?". John disse que confiava. "Ótimo, vai dar tudo certo".
John ficou pensativo por uns instantes, e então disse animado. "Eu já sei em quem você pode confiar, Scarly. O homem que encontramos mais cedo, Harry Potter. Você ouviu como papai chamou ele? De herói. Ele é um herói. Quem melhor para nos ajudar do que um herói?"
"Não. Com certeza ele não é o tipo de herói que você está pensando. Heróis não existem. E além disso, eles podem ser amigos, melhor não arriscar".
"Hum... Entendi" respondeu cabisbaixo.
"Não se preocupe com isso" disse fazendo carinho na cabeça do irmão. "Deixe comigo. Agora vai logo no banheiro".
Assim que John se virou, ela ouviu uma voz atrás de si. "Nunca ouvi tantas mentiras de uma vez só", Scarlett engoliu em seco e se virou.
Era o homem loiro que estava junto com Potter, ele tinha um sorriso brincalhão nos lábios. "Se existir heróis neste mundo, este vai ser o irritante grifinório heroico chamado Harry Potter. É melhor acreditar em mim, eu aprendi à força".
Scarlett enrubesceu. "Desculpe Senhor, se eu te ofendi".
"E" continuou ele como se não tivesse sido interrompido, "nós não somos amigos de seu pai. Nunca tínhamos nos visto antes de hoje".
"Ah, entendi. Eu pensei que eram". Ela não sabia se o loiro estava dizendo a verdade e decidiu que não iria arriscar. Somente uma chance.
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De férias em Nova York - DRARRY
FanfictionApós saírem de Hogwarts, os bruxos Draco Malfoy e Harry Potter resolvem fazer uma viagem para Nova York com o intuito de se divertirem antes de terem que assumir as responsabilidades da vida adulta. Porém, durante a viagem, os namorados acabam se en...