O dia prometia aborrecimento, até mesmo o clima estava disposto a dificultar tudo. Chovia horrores e as masmorras estavam gélidas. Tomo café da manhã no salão principal vários rostos o olhavam, todos muito curiosos. Estava decidido a não falar uma única palavra sobre sua prisão e seu papel na guerra.
As crianças se retiraram da mesa, era hora dele se dirigir às masmorras e todos os alunos já estariam em frente à porta.
Todos eram muito pequenos, não alcançavam seu peito. Eram os primeiros anos. Todos entraram, ele esperou que retirassem seu material e começou a falar :
- Hoje faremos a poção para curar furúnculos. Todos abram na página 12.
Uma menina de cabelos claros da lufa-lufa estava com a mão erguida.
- Sim senhorita?
- Não é relacionado à poção senhor. Mas o senhor poderia nos contar sobre a guerra?
- Acredito que tudo saiu no Profeta Diário senhorita. Agora de volta ao trabalho.
A menina estava novamente com sua mão levantada.
- Sim senhorita?
- Meu pai disse que eles mentiram e que Rita skeeter é uma cobra. Que ser espião é muito difícil e perigoso. E que pode ter salvo muitas vidas.
- Poucas pessoas pensam assim senhorita, porém devo avisá - la que se retornar a este assunto vou retirar pontos da sua casa.
Todas as crianças retornaram ao trabalho, sem mais palavras até o final da aula.
Recolheu as amostras e as várias aceitáveis ele mandaria a enfermaria para Pomfrey. Era horário do almoço as crianças estavam todas agitadas no salão principal, ele não tinha fome nenhuma, mas pensava seriamente em tomar whisky de fogo. Sabia que não podia fazer isso até acabar suas rondas da noite, mas a vontade estava ali.
Comeu algo e voltou para ensinar os terceiros anos da Grifinoria e Sonserina no horário da tarde. Que já o conheciam bem o suficiente para não fazerem perguntas.
Recebia muitos olhares de alunos da Sonserina que tinham dúvidas se ele falaria que seus pais eram comensais da morte. Eles não eram responsáveis pelos crimes dos seus pais. Eram só crianças, afinal.
Terminado o último período de aula, a sala foi limpa.
A semana passou do mesmo modo e finalmente seria sexta -feira e o final de semana era sua folga mensal, só tendo que fazer a última ronda do domingo. Talvez ele devesse ver Lily. Passos o tiraram do seu devaneio. Ao se virar viu professora Sprout.
- Olá Severo, preciso de um favor.
- Sim, diga.
- Preciso sair neste final de semana, mas sei que é sua folga. Minha irmã está muito doente. Tenho que vê - lá. Minha folga é próxima ao Natal se você puder me ajudar. Ficaria muito agradecida.
- Ok, mas quero que tire minha ronda no domingo à noite.
- Sem problema.
A mulher saiu e ele percebeu que tinha concordado em cuidar dos lufanos no final de semana. Provavelmente ele não teria problemas, pois eram crianças calmas.
O fim de semana passou sem muitos problemas, pegou alguns alunos namorando nos corredores, outros fora das salas comunais após as 22 horas e por último, um casal na torre de astronomia quase sem roupas, aos quais deu detenções para a semana. Domingo as 8 horas da noite, enxergou o chapéu de gosto duvidoso da Sprout entrando no salão principal. Enfim, daria tempo de ir ao Três Vassouras.
Saiu pelos portões e em meia hora estava no bar. Rosmerta era uma mulher lindíssima e era dona do Três Vassouras.
-Olá Snape. Tô sabendo que Aberforth não te quer no bar dele. Então não arrume encrenca aqui.
- Olá Rosmerta. Só quero Whisky de fogo hoje. Me traga uma garrafa.
Ficou sentado em sua mesa por horas. Tomou sua garrafa inteira .
Acordou desorientado, a luz estava muito forte, tinha muita dor no rosto e não sabia onde estava. Ao se levantar sentiu dores também nas costelas.
Olhou ao redor estava numa rua lateral próximo ao Três Vassouras. Era segunda-feira, teria aulas para dar aquele dia e muitas explicações também.
Foi em direção ao castelo. Tinha dores em todos os seus músculos, precisaria ir ver Pomfrey.
Quando entrou em seu quarto tinha uma coruja na janela.
" Venha à minha sala quando chegar. Gosto muito de merengue. "
Tomou banho, lavou todo o vômito e colocou vestes limpas. Agora finalmente, tinha um perfume amadeirado, seus olhos escuros o encaravam de volta no espelho.
-O que diabos eu fiz?
Com seus pensamentos acelerados, foi em direção a sala do diretor.
- Merengue - a gárgula abriu. Subiu rapidamente e o diretor já o esperava.
- Bom dia, Severo. Chegou ao meu conhecimento que você passou a noite numa rua próximo ao Três Vassouras. Rosmerta me falou que o retirou embriagado do bar e que você falou algumas palavras de baixo calão, que não deveriam ser usadas com uma bruxa de respeito.
Severo estava ainda mais pálido que o normal. A vergonha o esmagava. Precisava pedir desculpas a Rosmerta.
- Isso precisa parar, Severo. Não pode continuar com isso. As ações de Voldemort não são suas.
- Levei ele a muitas delas.
- Não, você fez o que tinha que fazer, muitas pessoas morreriam se você não tivesse intervido.
- Potter morreu de qualquer forma.
- Isso não é culpa sua, Severo, mas se deseja fazer com que sua morte não seja em vão ajude sua esposa e filho. Ela é uma viúva com um menino para criar. Não conseguirá sozinha. Muitas pessoas a odiarão assim como ao menino.
- Ela tem pessoas que podem fazer isso.
- Nenhuma tão excepcional quanto você. Ela o perdoou Severo. Você devia fazer o mesmo. Vá vê - los estão na casa da Molly. Tire o dia de folga, deve estar dolorido pelo que Rosmerta me disse.
- De fato estou. Mais tarde vou até a casa de Arthur e Molly. Primeiro vou pedir desculpas a Rosmerta.
Saiu da sala do diretor em direção aos portões de Hogwarts, logo estava no Três Vassouras, pedindo desculpas à Rosmerta, que tentava amaldiçoá - lo . Depois de algum tempo ela aceitou as desculpas e o deixou ir sem nada, além de alguns furúnculos nas pernas e orelhas que cresciam a cada pouco. Passou na enfermaria e ganhou duas poções pra tomar que resolveram boa parte dos seus problemas. Foi se lavar novamente,de modo a diminuir o nervosismo. Passou seu perfume, suas vestes boas estavam impecáveis. Se dirigiu ao flu entrando na lareira, gritou:
- À toca!
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Outra Vida Para Harry- Snape e Lilly
FanfictionJames morreu por sua família, Lily ficou viúva com o pequeno Harry para cuidar. O lorde das trevas está desaparecido. Tudo muda nesse dia e as pessoas que ela menos espera são as de maior ajuda. Nem tudo é o que parece. Essa história é baseada na ob...