30. tempo

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Pessoal! Esse capítulo vai mostrar 9 anos da vida da família do Harry, e então a partir do próximo ele vai ir para a escola! Abraços. 💚❤🐍
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O tempo estava passando rápido mas acho que era assim quando se está feliz, Lílian estava quase no fim da gestação, faltavam duas semanas para o parto, Harry ainda não sabia muito bem o que estava acontecendo, mas entendia que havia dois bebês igual a Gina na barriga da mãe, ele tinha completado dois aninhos, era bastante esperto, já havia feito magia acidental, estava crescendo perfeitamente.
- As meninas podiam vir logo, estou exausta.
- sim consigo ver.
Nao havia os mesmos problemas que a gravidez trouxa mas ainda havia o cansaço.
- venha vou massagear suas costas.- ela se escorou em mim e eu delicadamente comecei a relaxar seus músculos,  apertando levemente cada um,  acariciei sua barriga, pude sentir as meninas se mexendo, lilian ela tinha pegado no sono.
Dormi ali com ela, escorada em mim, acordei com agua molhando minhas pernas, Lílian um pouco confusa.
- o que aconteceu?
- acho que a bolsa estourou.- ela disse.- chame Pomfrey.
- certo.
Me levantei correndo, e coloquei roupas apropriadas, entrei na lareira e fui direto para a enfermaria, atrás de Pomfrey, estava tudo escuro, não havia ninguém lá internado, e então eu saí gritando seu nome, até que ela apareceu de roupa de dormir, e com um pano vermelho enrolado na cabeça.
- É hora Pomfy! Vamos!
- calma rapaz, elas ainda vão demorar algumas horas, e preciso me ajeitar.
- mas a bolsa já estourou!
- isso é só o começo de um processo bastante longo, ela precisa dilatar e isso leva muito tempo.
- mas ela tá sentindo dor!
- essas são suas primeiras crianças Snape?
- sim são.
- então não são as minhas, sossegue que já vou, deixe eu pegar minhas coisas e trocar de roupa.
- Mas Pomfrey...- ela me deu um olhar que me interrompeu, menos de um minuto depois ela apareceu.
- vamos.- ela me disse.
Entramos no flu e chegamos à sala com a Lílian ainda deitada no sofá, tranquila, a cada poucos minutos ela colocava a mão na barriga e fazia uma careta, mas não passava disso ainda.
- vamos ver, está dilatando devagar mas já tem três centímetros, está indo como planejado, você quer poções para dor? Ou para acelerar?
- não, da última vez não foi necessário.
As horas passaram devagar, a cada pouco tempo Pomfrey verificava como estava o andamento do parto, eram passado das quatro da manhã quando ela começou a fazer força, e as quatro e quarenta e cinco do dia trinta  de setembro de 1982, nasceu Ellie, sob uma lua azul, um evento raríssimo, de forte poder, que seria o dia ideal para alguns tipo de encantos e poções, Pomfrey a olhou e viu que estava tudo certo, me entregou ela enrolada numa coberta rosa, ela tinha cabelos pretos como  os meus, ela me olhou e começou a resmungar, não podia fazer muita coisa já que a mãe ainda estava ocupada dando a luz à outra bebê.
Lílian continuou ainda um tempo em trabalho de parto, as cinco da manhã nasceu Meissa, o cabelo dela era da mesma cor, mas ela era menor, e tinha o meu nariz, elas eram lindas, as três, o sonho da minha vida completo.
Depois que mamaram, elas dormiram, e Lílian também, eram passado das nove quando Molly chegou com Harry e a Bebê Gina na nossa casa, Harry veio correndo com suas pernas curtas, tropeçou no tapete e caiu, chorou um pouco e eu o peguei no colo, e levei ele até o berço das meninas.
- olha essas são suas irmãs, Ellie e Meissa, elas são pequenas, e nos dois vamos cuidar delas.
- Elli e Mei. - ele repetiu os nomes das pequenas.
- Elas são lindas Severo, parabéns.- Molly me disse.
O dia passou com muitas pessoas vindo e indo, Lílian estava cansada e as meninas chorando, a maioria olhava elas e deixava algum presente, mas mesmo assim eu estava cansado demais, poderia dormir dois dias, enquanto isso Molly fez jantar, e organizou as coisas, eu estava com Harry e pegava as meninas quando elas choravam, Sirius e Remus vieram também e ajudaram a organizar as coisas, conheceram suas afilhadas, estavam encantados por elas, não havia como não estar, eram perfeitas.
Os meses passaram, eu fazia tudo que podia para ajudar, mas com as aulas eu não tinha muito tempo, mas todo o que eu tinha eu passava com elas, aos nove meses elas estavam engatinhando, com um ano começaram a andar, Harry ria muito cada vez que brincava com elas, Conseguimos que a prima de Black cuidasse dos três à noite para que Lílian pudesse estudar, ela era uma velha amiga dela também, o que colaborava, quando as crianças tinham um ano e meio Lílian estava se formando, eu estava muito feliz por ela,   e logo ela começou a trabalhar todos os dias no hospital St'Mungus, eu ia todas as noites ver eles em casa, e eles iam na escola me ver sempre.
Um dia de abril, antes de Harry completar seis anos, ele estava na cozinha tomando café da manhã comigo e com as meninas que agora tinham três anos.
- pai! Pai! Pai! Quero bolacha.- falou Ellie.
- mais tarde agora é cedo para bolachas.
- pai! Faz meu pão.
- só um minuto Meissa. - eu respondi, nosso café era sempre turbulento, elas trocaram um olhar e em seguida riram.- o que vocês vão aprontar?
- queremos bolachas! - cruzaram os bracinhos e fizeram manha, eu não consegui evitar um sorriso.
- não tem bolachas, e se vocês não comerem o que tem, vão ficar com fome até a hora do lanche, quando poderão comer bolachas.
- aaaaaah pai. - Elas falaram aborrecidas.- e começaram a comer o que estava na frente delas.
- o que você quer comer Harry?
- pão, quem é meu pai?- eu não esperava isso no café da manhã, então devo ter parecido assustado.- as meninas chamam você de pai, mas a mamãe disse que você não é meu pai, mas não sei quem é meu pai.
- à noite a gente conversa pode ser? Daí mamãe e eu falamos sobre todas as suas dúvidas.
- tá, mas não esquece Sev. - ele disse com uma voz infantil, eles já tinham terminado o café.
- não vou amigão, agora vamos para a tia Andrômeda.
Durante o dia eu e Lílian tentávamos chegar à um consenso sobre o que fazer, eu não sabia o que seria certo, eu gostava muito do Harry e cuidava dele assim como eu cuidava das meninas, não haviam distinções na nossa casa, então decidimos deixar ele escolher, não podíamos fazer isso por ele.
Depois do jantar, chamamos ele, e ele veio com um livro embaixo do braço, ele já usava óculos naquela idade, seu cabelo estava mais comprido do que deveria, mas eu esperaria até o final de semana para levar ele cortar, ele se sentou na nossa frente, em cima da mesa de centro.
- Harry hoje você perguntou quem é seu pai, você ainda quer saber?- eu perguntei.
- sim.- ele disse, pouco confiante.
- Bom seu pai e James Potter, ele foi um homem corajoso, e morreu no mesmo dia que você ganhou essa cicatriz em forma de raio na testa, você era pequenininho.
- mas por que ele morreu? E o que isso tem haver com a cicatriz?
- havia um homem muito ruim, e ele queria fazer coisas ruins com várias pessoas, inclusive sua mãe e você,  então seu pai impediu que ele machucasse vocês, e esse mesmo homem quem fez a sua cicatriz.
- tá bom, mas eu queria um pai, Ron tem um, e as gêmeas também, você não pode ser meu pai?
- se você quiser eu posso Harry, mas não quero que pense que James não é.
- tá bom, então você também é meu pai.
- tem fotos dele se você quiser ver meu querido.- Lílian falou.
- quero mãe.
Eles ficaram vendo as fotos de anos atrás, Lílian apontou as semelhanças entre eles, falou que ele era muito parecido, mostrou fotos dos seus padrinhos, que tinham ido morar na França, mostrou seus avós, Petunia e Duda, então finalmente era hora de dormir, e eu o levei deitar, ele colocou o pijama azul, e tirou os óculos.
- Boa noite Harry, durma bem, até amanhã. - eu disse de forma calma e natural,eu fazia isso todos os dias com as crianças.
- Boa noite, até amanhã.
Eu ia sair do quarto, desliguei a luz e escutei ele falar quase num sussurro.
- pai.
- o que foi Harry?
- eu só queria ver se funciona.
Voltei para perto da cama dele e o abracei, independentemente da palavra quando ele me chamasse, eu escutaria.
Os anos continuaram passando, as crianças estavam muito grandes, e tudo estava perfeito, não tínhamos problemas, algumas discussões no máximo,  a família estava feliz.
- Bom dia Severo, precisamos conversar meu querido.
- diga.- fiquei preocupado.
- acho que estou grávida.
- Sério? Vamos ver a Madame Pomfrey.
- o que você acha? Devemos ter mais esse filho?
- claro por quê não? As meninas estão grandes, Harry não que vem vai ir para a escola, não devemos nos preocupar, mais que o necessário.
- certo, então te encontro da escola depois o expediente?
- sim, eu adoraria.
Passei a aula do dia pensando, seria bom termos mais esse bebê, com certeza poderíamos estar próximos dele, mais do que dos outros, então deu meu horário e fomos até Pomfrey, ela fez o feitiço e nos olhou sorridente.
- será um menino!
Lílian olhou para mim, e eu sorri, independente do gênero eu ficaria feliz, os nove meses passaram voando, e logo tínhamos Saiph, Molly e Arthur eram seus padrinhos, ele nasceu no meio de novembro, e o nascimento dele foi tranquilo.
Em julho a carta de Harry chegou, ele e Lílian tinham que trabalhar, então um dia estava comentando isso com Minerva e Hagrid se voluntariou para levar, ele ficou agradecido, e Harry teria um ótimo dia com o meio gigante, à noite quando chegou em casa, ele estava com um sorriso largo, e tinha uma coruja branca com ele, à qual deu o nome de Edwiges, isso seria ótimo já que a coruja deles estava ficando velha demais para tantos passeios, estava admirado com seu material, e lendo partes dos seus livros, estava ansioso para ir para a escola, as gêmeas estavam com ciúme, mas nada fora do normal.

Outra Vida Para Harry- Snape e LillyOnde histórias criam vida. Descubra agora