Visitas noturnas

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A brisa bate suave bagunçado meus cabelos, mas não a sinto em meu rosto o que é estranho

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A brisa bate suave bagunçado meus cabelos, mas não a sinto em meu rosto o que é estranho. O dia está bonito no céu um sol brilha com maestria enquanto aos meus pés um rio calmo e cristalino corre num fluxo contínuo.
A paz do lugar me abraça e fecho os olhos por breves momentos enchendo meus pulmões com ar fresco e estendendo meus braços para tocar a Samira ao meu lado. Então meu coração para por um segundo e acelera no seguinte, onde está a Samy?

Olho para os dois lados, mas não há nada além do rio e árvores. Tento gritar, mas minha voz falha assim como os meus joelhos me fazendo cair dentro do rio que antes era calmo e raso, mas agora me engole.

Luto para tentar sair dele, mas é inútil. A correnteza é muito forte e me arrasta para o fundo do rio. Algo peculiar no fundo dele chama a minha atenção e eu paro de lutar e começo a nadar ainda mais para o fundo. Uma rosa vermelha como sangue... Em chamas.

Não consigo entender a situação, mas um mal pressentimento surge em meu peito e volto a tentar nadar para a superfície. O rio está calmo novamente, e com pouco esforço alcanço a beira dele.

Então ela surge, quase como se estivesse flutuando. A morte, mas diferente, ruiva. Seus cabelos se agitam como fogo ao me ver e ela sorri de um jeito que faz todos os pelos do meu corpo ficar eriçados. De trás dela surge uma Samy demoníaca, ela também é ruiva como a mãe e em seus lábios escorre sangue. Sangue esse vindo de um coelho com o pescoço quebrado que está em suas mãos e parece olhar diretamente para mim.

Meu coração acelera, não sei o que devo fazer, olho para os meus pés e percebo que o rio se tornou tão raso quanto quando entrei nele... Porém, parando para pensar, quando foi que entrei nele? Aos poucos as coisas ao redor começam a ficar embaçadas e a única coisa que consigo ver direito é o sorriso medonho que a Samira me dá.

Acordo arfando, o suor escorre pela minha testa e peito empapando minha camisa. As imagens do sonho passam em minha mente como um trailer de filme e meu coração bate tão forte que pode ser ouvido há um metro de distância.

Respiro fundo tentando me acalmar, foi apenas um sonho estranho nada daquilo foi real.
Mas afinal o que é real nesse lugar? Não sou tolo a ponto de ignorar um sonho como esse.
Não, não é a primeira vez que sonho com uma rosa flamejante. Ela me guiou até aqui, mas o resto do sonho me deixa totalmente confuso e irritado.

Minha cabeça lateja quando tento me lembrar de algo que eu nem ao menos sei o que é, talvez o sonho, já que a cada minuto que se passa ele parece mais e mais embaçado em minha mente, até que desaparece me deixando poucos flash's.

Não há uma única luz acesa, mesmo assim consigo enxergar o quarto nitidamente. Samira dorme um sono tão profundo que nem percebeu minha agitação.
No canto do quarto algo me chama atenção, as cortinas estão esvoaçantes o que indica que a janela está aberta.

O Filho de Lúcifer: O Anjo CaídoOnde histórias criam vida. Descubra agora