Certo, aqui tem uma penumbra, um cheiro de canela no ar e (…)-
Antes de eu terminar o raciocínio, sinto uma mão quente em minha nuca descendo para minhas costas. Tentei mexer o braço para agarrar a mão e, com isso, descobri que estou acorrentado.
Ah? Olá? - pergunto verificando o quão acorrentado estou.
Oi anjinho - uma voz imediatamente reconhecível me responde
Mal pude fazer algo, e já recebo um arranhão na cara. Ela estava nua, e eu também. Olha, este livro é para pessoas a partir de 13 anos, então, vou te poupar dos detalhes.
Depois dela se satisfazer e também quase me matar, Lilith simplesmente me libertou daquelas correntes. Claro que eu tentei fugir, todavia desmaiei.
Hm? Vai dormir? - ela falava sozinha, debochando da minha situação.
Passou um tempo, na verdade muitas horas, e eu finalmente comecei a recobrar a consciência.
Aah..o que ouve? - pergunto ao nada, meio zonzo.
Vou ter que fazer você lembrar? - Responde a Demonia.
Ouvir aquilo já respondeu minha pergunta, a rainha de todas as súcubos havia usado o anjo da morte para sua própria satisfação carnal.
Não, não precisa lit…- respondia enquanto me punha é joelhos para me levantar.
Poxa anjinho, adoraria mais um pouco. -ela dizia com um sorriso um tanto psicótico.
Eu fiquei ajoelhado um pouco, minhas asas pesavam e o calor ali era intenso. Respirei fundo para tomar fôlego e aí pude sentir o cheiro daquele lugar, uma mistura de sangue enxofre e um perfume primitivo feito com essência de canela e óleo de rosas. Quando finalmente me levantei, tossindo por causa do odor, Lilith veio em minha direção e deu seu ombro para mim se apoiar.
Por que me ajudar agora? Sabe que vou te matar se me recuperar. -indago.
Porquê? Hmm… sei lá, e você não vai me matar. Não vai porque você gostou do que fizemos. - ela me respondeu seguido de uma leve mordida no pescoço.
Lilith me ajudou a caminhar e então me deixou numa espécie de quarto, me deitei por instinto na cama e olhei ao redor.
Correntes , chicotes, algemas, gel lubrificante e cheiro de canela queimando? Esse é teu quarto né?- perguntei já sabendo da resposta positiva.
Uhum- Lilith me respondeu seguido de uma risadinha maliciosa.
Um vento começou a soprar e as velas que iluminavam o lugar se apagaram.
Azrael, por favor confia em mim. - ela me pediu e disse alguma coisa em enoquiano, alguma coisa porque eu não posso traduzir para você leitor.
Eu adormeci logo depois do feitiço e enquanto dormia pude ouvir um mantra, proferido por uma terceira voz.
Algumas horas ouvindo aquilo e eu me encontro sonhando com um campo, era lindo e eu simplesmente amei as cerejeiras que ali tinham. Foi quando alguém tocou meu ombro, era o padre que me fez recuperar os meus poderes.
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A PODRIDÃO DO MUNDO
Aksi-PRÓLOGO O céu, paraíso. Um lugar onde a vida é realmente algo que você gosta de ter. Um lugar sem pecados, sem necessidade de pecar. Estávamos todos reunidos naquele lugar tão belo. Era época de receber a mensagem do nosso irmão, Lúcifer. Trago...