Reborn Targaryen

24 - Wars To Come

"Dragões velhos e jovens, verdadeiros e falsos , brilhantes e escuros. E você, um homem pequeno com uma grande sombra, rosnando no meio de tudo."
Moqorro

Apenas peão em um jogo.

Mas não é isso que todos somos ? peões de um grande jogo. Alguns mais fortes, outros mais frageis, mais experientes ou mais inocentes, mas todos peões. Unidades controladas por mãos superiores, por cabeças controladoras, por aristocratas poderosos, ou apenas em sua maioria; por aqueles que sabem jogar melhor.

Tyrion descia com rapidez as escadarias. Sentia o cheiro podre de Porto Real o tomando na medida em que se aproximava dos portões de Red Keep. O mercado central era de novo uma grande carnificina, apesar de acostumar-se com os  moribundos, não poderia negar que vislumbrar os escravos era bem pior. Por mais contra que tivesse sido, sentia sua parcela de culpa em toda aquela situação desumana.

Os novos tijolos das casas e muros – fruto do sangue de cidadãos – mostrava meia centena de tons, mas a noite os transformava em uma miscelânea de preto e cinza. Luz de tochas tremulava em poças deixadas por chuvas recentes, e em linhas pintadas de fogo refletia faces sem expressão dos homens no chão. O Lannister passou por eles vagarosamente. Bronn estava à passos de distância, vestia uma armadura que o Rei tinha lhe dado; um traje de aço esmaltado, incrusado e ornado com ouro, isso era presunçoso, mas ele dizia que a visão de sua prata em combate poderia dar ânimo aos guerreiros, lembrando-os de pelo o quê lutavam. Mas Tyrion sabia, era somente palavras cantadas ocultas pela soberba.

— O que houve? Por que tivemos que nos encontrar logo aqui ? - disse Tyrion.

— Não se apresse anão Lannister, viajei de Campina até aqui não foi ? Creio que merecemos um bom vinho e algumas mulheres.. - refutou convincente, ignorando o mau humor do anão.

Bronn já estava sentado em um banco de madeira quando Tyrion Lannister deslizou para adentro do bar, ele sentou -se ao lado, não pensava em encontrá-lo outra vez. Não agora. Não ainda. Não hoje. Virou a taça,  engolindo o vinho.

— Não me sinto seguro naquela Fortaleza destruída, cercado de olhares duvidosos, sempre me sinto vigiado, assombrado.. - começou se explicando.

— Quanta asneira para justificar uma ida ao bar! - Bateu o copo sobre a mesa, limpando a boca com o braço.

Bronn engole a saliva com a colocação ácida do duende. Sorriu secamente, mexendo os dedos sobre a superfície circular do copo. Mas só faz a atenção de Tyrion segundos depois, dizendo;