Março 02

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Dia 6

Ontem dormi muito mal, porém acordei até que bem.

Chamo Eichy para meu escritório, a situação com ele já estava complicada faz tempo, mas fui dando desculpas para evitar lidar com isso. Não sei se vai dar certo, estou um pouco nervoso, no entanto acordei surpreendentemente confiante.

Dando fim a meus pensamentos, por fim Eichy vem.

- "imagino que seja sobre, o que ocorreu no carnaval. Desculpe, agi de forma errônea, não fui profissional".

Ele realmente sabe o que faz, na primeira chance, já dá desculpas, que até parecem sinceras. Imagino que vá continuar com uma autocrítica, depois justificar, prometer que vai mudar e depois apelar um pouco pro emocional, por isso antes que ele tenha chance de o fazer digo.

- "você não vai ser demitido".

- "sério? Muito obrigado! Prometo melhorar, não vou desperdiçar a chance". Resposta perfeita como sempre.

- "não estou afim de ouvir suas mentiras, nunca disse que estava a salvo". Fato é que eu nem posso demitir, mas ele não sabe.

- "glup!". Parece surpreso.

- "entenda uma coisa não estamos numa faculdade ou universidade, sou pago para produzir, não ensinar".

- "mas".

Mesmo não demonstrando claramente, sem dúvidas, ele está bem irritado.

- "não estou dizendo que não vou ensinar, sou seu chefe, tenho que dar exemplo e apontar erros ".

- "então...".

- "mas você entendeu algo errado, o problema não foi só o carnaval, alguém que não está disposta ao seu melhor é inútil em um grupo".

- "..."

- "espero que entenda, não sou como um professor, não olho para os resultados, eu estou sempre vendo o processo, eu guio o processo, eu penso no processo".

- "..."

- "é fácil se esconder atrás de um grupo e não fazer nada, quando o avaliador não sabe o processo e os outros são inexperientes"

- "..."

- "você esperava se manter o fazendo, entenda! Não pretendo permitir isso". Falo de maneira opressiva." não espera que conseguiria algo dessa forma, as pessoas sempre percebem cedo ou tarde, o carnaval foi só a minha maneira de mostrar isso aí grupo". Então fico quieto alguns segundo indicando que ele já pode falar.

- "desculpa, realmente não era minha intenção, eu agradeço por mostrar minha falha, se me permitir farei o necessário para me provar melhor que antes "

- "hahaha! Não me faça rir, eu pensei que fosse melhor mentindo".

- "o que quer dizer? ".

- "que sempre foi proposital, inclusive muito bem arquitetado, claro para um pirralho, mas no seu nível nunca vai enganar ninguém de fato".

- "esse não é o caso". Ele vai explodir, certeza. Acho que é melhor assim, continuo.

- "poderia ser honesto por um momento, cansei de falar com sua máscara mal feita, nem consegue mais esconder a raiva ".

- "tá se você quer. Suspiro! Seu filho da puta, que moral tem pra falar, você armou para um funcionário, claramente não é qualificado para o posto, porém ninguém pode falar nada já que é o superior, mas com certeza logo vão te denunciar, vai acabar demitido, não sei nem como chegou aqui".

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