Abril 01

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Dia 4: segunda

Suspiro! Estou atualmente indo me encontrar com a Bia, teremos que viajar a trabalho para outra cidade. Quando expliquei tudo para Susi ela resolver arrumar as coisas assim, se eu estiver sozinho com um pessoa é mais fácil lidar com isso. A propósito o resto da equipe tá separada também, mandei Eichy ser o palestrante de uma campanha de conscientização a qual estamos organizando, o Gabi e o Caio estão fazendo curso e Ana ficou acabando uns projetos.

Suspiro! Por fim cheguei. Só espero que dê tudo certo, estou um pouco cansado seria melhor fazer outro dia, não sei se estou no clima pra resolver problema. Sento num banquinho e espero Bia chegar, suspiro!

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- não é bom ficar suspirando

- ué! por que está aqui!?

- nada de mais, só te avisando

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- "ei!"

Tomo um susto ao ser chamado.

- "que?".

- "desculpa o atraso, acabei de chegar".

Bia me comprimenta. Ela está respirando pesado, deve ter corrido para chegar aqui (dou uma olhadinha no relógio),mas ainda assim chegar 23 min atrasada é foda.

Pegamos metrô para nosso destino sem muitos problemas. Agora só falta puxar assunto, tipo ago... Não, não, melhor esperar um pouco. Mas agora... Nem. Como devem ter notado, não é tá fácil assim, agora.

- "filho da puta, não viu mais falar com ele".

Ela murmura bem baixo.

- "problemas de relacionamento? Seu namorado é um babaca ou coisa do tipo?".

Faço duas perguntas, só espero que ela não fique irritada comigo, por favor reclame do seu namorado, reclame, reclame, e..

- "sim, é um merdinha, fica se achando grande coisa, acha que me tem na sua mão".

Ufa!

- "entendo, esse é o pior tipo de pessoa".

Merda não sei o que falar, só espero que ela esteja muito afim de esculachar ele.

- "sim, esse filho da puta! Dá pra acreditar, ele demora 5 horas pra responder, mas se eu demoro 2 segundos, aí é diferente! Porque eu tô ignorando ele, eu não tenho coração, eu que não me importo com o relacionamento! Eu, que... Eu que, sinf! Sempre eu, a culpa é minha!

Na moral, dá uma puta vergonha, tenho que lembrar estamos num metrô, fazê o quê! Se concentre, ignore o redor, foco, o resto não importa. Me sinto melhor.

Ela continua em seu discurso confuso, misturado com choro, reclamando continuamente de sempre receber a culpa, ser ela quem corre atrás de fazer o relacionamento funcionar, ela basicamente falou: sempre eu, muitas, muitas, mas muitas vezes mesmo.

Eu adoraria saber o que falar, fazer, mas não sei, no final ela não chora muito, apenas parece sentir mais leve depois do desabafo e dorme.

Chegamos ao destino, pegamos quartos separados, porém já era tarde, saímos direto para trabalhar, ficamos ocupados pela maior parte do tempo por sorte, afinal não sei direito o que dizer, amanhã devo ter umas... Não! Melhor tentar algo hoje a noite, adiar não vai resolver, infeliz. Nessas hora gostaria de fumar e olhar para o céu refletido seria daora, mas odeia cigarro. Porra cérebro! Não é hora de ficar pensando em nada com nada, bora! Vou tentar fazer algo, bora!

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