Os números mudam, meia noite, um novo mês começa.
- "então o que quer fazer da vida agora?".
Assim como o mês acaba a pergunta vem.
- "eu..."
Tento encontrar um boa resposta, talvez eu ainda consiga escapar.
- "apenas admita que não sabe se for o caso".
- "sim, é apenas que..."
- "nesse caso vou fazer algumas perguntas para te ajudar, ok?".
- "êh".
- "primeiro você odeia alguém?".
Sem me dar qualquer chance de contestar, magistralmente Susi domina a conversa, não tenho nem o que falar, apenas posso humildemente tentar responder a pergunta.
- "hummm! Que eu me lembre não".
- "você odeia alguma coisa?".
- "segunda, café, carros, acordar cedo, poeira, lugares apertados ou muito escuros e tatuagens...Só isso, acho".
- "ser famoso ou rico".
- "rico".
- "por que?".
Sem tempo para respirar, hein?
- "ser famosos pode, melhor, vai te deixar rico, contanto que administre bem a própria imagem, mas sabe, ser reconhecido tem suas vantagens, mas é muito trabalho, responsabilidade, pressão e problemático".
- "não posso deixar de concordar". Ela murmurou para si mesma, depois continua. "Talentoso ou sortudo?".
- "sortudo, acho".
- "por que?". Ela parece surpresa.
- "primeiro talento exige esforço para dar frutos, além do mais, sorte é uma das poucas coisas que não importa quanto eu me esforce não poderei mudar, bem o melhor é ter os dois."
Ela ouve, pensa por meio segundo e diz.
- "qual a diagonal de um cubo, cuja aresta mede 4m".
- "4 raiz de... Espera! Para que essa pergunta?".
- "sei lá, não pensei em nada antes de vir aqui".
- "então eu estava apenas respondendo perguntas aleatoriamente". Digo choroso.
- "sim".
- "que maldade me dando esperanças assim".
- "sabe eu não vou decidir por você".
- "eu sei".
Não posso deixar de responder seriamente, o fim só eu posso fazer isso, só eu tenho a responsabilidade de decidir a minha vida.
- "mas não rola mesmo".
- "não!".
- "não que virar minha dona não? Haha!".
- "prefiro morrer!".
Me Pergunto o que farei? Não tem ninguém além de mim, que possa tomar essa responsabilidade por mim, isso é pesado, uma pressão opressora.
- "mesmo assim não precisa se preocupar tanto, não é como se tivesse que decidir agora". Ela diz gentilmente.
- "eu sei, mesmo se chegar o ano novo e eu não tiver escolhido, o que vai mudar? Nada, mesmo assim..".Olho para ela diretamente por um tempo. "sinto como se precisasse fazer isso agora".
VOCÊ ESTÁ LENDO
Let's work
RomanceIky, um homem de 30 anos, que depois de alguns traumas, se tornou um desmotivado e despreocupado, é forçado, por uma velha amiga, a voltar a trabalhar e assumir responsabilidades.