Dia 1 de dezembro

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Os números mudam, meia noite, um novo mês começa.

- "então o que quer fazer da vida agora?".

Assim como o mês acaba a pergunta vem.

- "eu..."

Tento encontrar um boa resposta, talvez eu ainda consiga escapar.

- "apenas admita que não sabe se for o caso".

- "sim, é apenas que..."

- "nesse caso vou fazer algumas perguntas para te ajudar, ok?".

- "êh".

- "primeiro você odeia alguém?".

Sem me dar qualquer chance de contestar, magistralmente Susi domina a conversa, não tenho nem o que falar, apenas posso humildemente tentar responder a pergunta.

- "hummm! Que eu me lembre não".

- "você odeia alguma coisa?".

- "segunda, café, carros, acordar cedo, poeira, lugares apertados ou muito escuros e tatuagens...Só isso, acho".

- "ser famoso ou rico".

- "rico".

- "por que?".

Sem tempo para respirar, hein?

- "ser famosos pode, melhor, vai te deixar rico, contanto que administre bem a própria imagem, mas sabe, ser reconhecido tem suas vantagens, mas é muito trabalho, responsabilidade, pressão e problemático".

- "não posso deixar de concordar". Ela murmurou para si mesma, depois continua. "Talentoso ou sortudo?".

- "sortudo, acho".

- "por que?". Ela parece surpresa.

- "primeiro talento exige esforço para dar frutos, além do mais, sorte é uma das poucas coisas que não importa quanto eu me esforce não poderei mudar, bem o melhor é ter os dois."

Ela ouve, pensa por meio segundo e diz.

- "qual a diagonal de um cubo, cuja aresta mede 4m".

- "4 raiz de... Espera! Para que essa pergunta?".

- "sei lá, não pensei em nada antes de vir aqui".

- "então eu estava apenas respondendo perguntas aleatoriamente". Digo choroso.

- "sim".

- "que maldade me dando esperanças assim".

- "sabe eu não vou decidir por você".

- "eu sei".

Não posso deixar de responder seriamente, o fim só eu posso fazer isso, só eu tenho a responsabilidade de decidir a minha vida.

- "mas não rola mesmo".

- "não!".

- "não que virar minha dona não? Haha!".

- "prefiro morrer!".

Me Pergunto o que farei? Não tem ninguém além de mim, que possa tomar essa responsabilidade por mim, isso é pesado, uma pressão opressora.

- "mesmo assim não precisa se preocupar tanto, não é como se tivesse que decidir agora". Ela diz gentilmente.

- "eu sei, mesmo se chegar o ano novo e eu não tiver escolhido, o que vai mudar? Nada, mesmo assim..".Olho para ela diretamente por um tempo. "sinto como se precisasse fazer isso agora".

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