Capítulo 3

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            Seus olhos estavam cravados em mim, mas havia algo ali, como se estivesse na dúvida de dizer ou não alguma coisa.

— Olha me desculpa pelo transtorno. — Falou baixo.

— Edu só quer me proteger. — Afirmei.

— Ele deve gostar de você, para ter agido daquele jeito. — Comentou.

— Não tem nada haver, somos apenas amigos. — Discordei.

Ficamos conversando e ele pediu desculpas novamente, não sei mais quantas vezes, parei de contar na quinta. Depois de tanto conversar, ele veio para minha rede e ficamos trocando carinhos, porém nada muito além do possível. Quando digo nada além, me refiro a beijos e coisas do tipo. Ouvi uma porta bater e dei um pulo.

Olhei em direção a minha porta, e Aline me olhava sorrindo, ela acenou e voltou para o quarto. Provavelmente já estava pensando besteiras. É normal que faça isso na maioria das vezes. Mas fazer o que, esse é o jeito da minha melhor amiga.

Em busca de algum lugar para esconder meu rosto, de tanta vergonha, coloquei minha cabeça de novo em seu peito.

Ouvi alguns berros, a luz do dia era forte, e quase não conseguia abri os olhos, tampava os mesmos com a mão. Henrique me olhava com um sorriso no rosto, e não pude deixar de sorrir também.

— Bom dia Gabi. — Saudou sorrindo.

— Bom dia Henri. — Sorri. — Acho que já está na hora de levantarmos.

— Eduardo passou aqui e fez cara de poucos amigos. — Dedurou rindo.

— Ah, está tudo bem. — Dei de ombros.

Henrique foi para o seu quarto e eu fui para o meu. Tomei meu banho, e coloquei um biquíni branco, com um vestidinho de crochê por cima. Passei um pouco de protetor no corpo, coloquei um óculos, e desci para tomar o café. As meninas me esperavam em uma mesa separada dos meninos, mas do lado, como no dia anterior.

Eduardo nem sequer olhou na minha cara, fingiu que eu não existia, e aquilo me doeu. Ao contrário de Henri, que esboçou um enorme sorriso quando me viu. Peguei algumas coisas para comer e me sentei com as meninas na mesa. Larissa estava contando como estava sendo conhecer Ricardo, e Aline não deixou de falar sobre Jonathan. Acho que os meninos ouviram na outra mesa, porque não paravam de sorrir.

Fiquei com inveja, de não ter algum namorado para ficar falando dele para as minhas amigas. Assim me peguei pensando em quem iria encontrar. Mas, era certo que não deveria ficar pensando nisso de novo, só ficava cada vez mais chateada.

— Acorda Gabriela. — Aline falou, passando a mão rapidamente na frente dos meus olhos.

— O que foi Aline? Para de falar alto. — Resmunguei.

— Eita, que bicho te mordeu hoje? — Perguntou unindo as sobrancelhas em sinal de estranheza.

— Nenhum, só estava pensando aqui. — Respondi.

Levantamos e fomos para a praia, que ficava logo em frente ao hotel, era só atravessar a rua e pronto. Estendi uma toalha na areia e coloquei minhas coisas. As meninas colocaram suas toalhas ao lado, e suas coisas também. Os meninos vieram logo em seguida, e deixaram seus óculos, bonés, e chinelos conosco.

Começamos a jogar vôlei na areia, na beira da água. Apenas nós três. Os meninos ficavam fazendo comentários que não tinham nada haver. O que nos fazia rir cada vez mais. Larissa não sabia jogar muito bem, e normalmente acabava jogando a bola na água, e os meninos acabavam tendo que buscar para nós.

Além Do Seu Amor (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora