Capítulo 2

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A partir da briga de domingo, eu e Andrew não nos falamos mais e assim se passou uma semana, ele não chegava mais no horário, sempre que eu saia de casa ele não estava, quase não nos encontrávamos. Em parte, eu ficava aliviada, mas por outro lado, eu não sabia o que se passava em sua mente. 
Foi na terça-feira que eu decidi fazer uma coisa que não gostava de fazer, ele estava no banho para ir trabalhar e eu havia acabado de chegar, achei o celular do Andrew debaixo da cama, o que já era estranho, eu não queria ser bisbilhoteira, mas a desconfiança me venceu.
Quatro mensagens.
 Yngrid
Ex ficante dele.
1ª – “bom dia amor”
2ª – “vai vir hoje?”
3ª – “ te espero as 7:15 min em ponto”
4ª – “ qual vai ser nossa fantasia de hoje?”

Eu não estava acreditando, deixei o celular em cima da cama e sai, não falei com ninguém, apenas me calei para mim mesma e segui em meu caminho. Fui para a rodoviária, hoje era o dia que Marcos chegaria e nada me impediria de vê-lo. Ao chegar, nem precisei sair do táxi, Marcos já estava lá me esperando e para variar falando no telefone.
- O senhor poderia esperar por 5 minutos por favor?
- Claro. - concordou o taxista.
Sai do carro e fui em sua direção, ele estava lindo, de terno preto liso, sapato social e uma blusa social azul marinho, mas sem a gravata, ele sempre dizia que gravatas era para reuniões chatas e que só o ternos já o fazia charmoso, ele sabia que era lindo, tinha consciência de que as mulheres tinham tesão nele. Mas eu apenas ria de suas baboseiras.
Fui em sua direção, ao me perceber, ele falou algumas palavras e desligou o celular.
- Marcos! – exclamei quando o abracei. Ele me segurou e me ergueu.
- Pequena! - sentir seu abraço, me fazia querer apenas sentar e saber de tudo, enchê-lo de mais abraços e por consequência, esquecer meus problemas, mas o táxi estava esperando, como as meninas também.
- Vamos, o táxi está esperando. – avisei.
Ele pegou as malas e fomos embora.
- Para onde agora senhorita? – o taxista perguntou. Marcos tirou do bolso um papel com o endereço e entregou.
- Ainda não decorou seu próprio endereço? – comecei a rir.
- Passo mais tempo fora do que aqui, como vou lembrar?
No caminho ficamos abraçados e deixei que ele me contasse as novidades de São Paulo. A empresa ia bem, os sócios para variar desagradáveis, a vida como sempre agitada.
Quando chegamos na frente de sua casa, ele fez questão de pagar a corrida, eu já tinha contado que as meninas e o Paulo já estava nos esperando.
Nós descemos do carro e entramos dentro da casa de Dona Amanda.
- Meu filho! - ela gritou.
- Oi mãe – eles se abraçaram.
- Como você está querida? – ela me perguntou quando o soltou de seu abraço.
- Bem e a senhora?
- O pessoal já está aqui.
E assim foi minha noite, Mítia, Samanta e Paulo estavam lá, já com lanches que D. Amanda fazia questão de fazer para nós sempre que íamos visitá-la. 

No dia seguinte, Wes havia me lembrado do aniversário de namoro de Alexandra e Cássio, prometi cuidar da decoração, o que me fez ficar entretida e não ficar tão chateada durante a semana que passou. Avisei o pessoal da festa, mas eles teriam turnos para trabalhar no sábado e o único disponível era o Marcos. 
- Não será problema? – perguntou ele receoso.
- Não, passa lá pra rever o pessoal e depois saio com você .
- OK - concordou ainda cauteloso.

Tomando meu destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora