A verdade não é fácil de descer

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Se passaram duas semanas desde que sai com Diego e os amigos,nesse tempo, vi pouco Anália e Sr.Joseph, Safira apenas quando tinha que resolver alguma coisa do casamento, Mattheu quase nunca estava em casa, e quando estava os joguinhos entre nos dois começava, era um ótimo jogador, mas não melhor que eu...

Continuei conversando com todos daquela noite em, oq fazia meus dias serem menos entediantes... ser uma humana em uma cidade de vampiros é complicado eu diria..

Daqui uma semana e meia ser meu aniversário, e os sonhos estranhos aumentaram, eu me via naquela situação e ficava me perguntando, sera que viraria aquilo mesmo? Uma matadora? NÃO! Mamãe me pediu para ser boa, eu serei boa!

Algo me deixava encucada, todos da casa ficaram em alerta depois da morte de Lincon, oq me impediu de sair de casa nas ultimas semanas. Mas tinha algo a mais, algo que eu ainda não sabia...

Ja são 5 da tarde, daqui uma hora os homens da casa chegam, então resolvi comer antes, evito ficar perto quando estão estressados. Anália estava na porta, me olhando chegar.

A- A culpa é sua! - me aborda

M- Como? Oq é minha culpa?-eu estava perdida ali

A- Tudo de ruim, a sua família é uma grande maldição em nossas vidas. Primeiro sua mãe quase estraga meu casamento, depois seu papaizinho quer acabar com nossa empresa, coitado, quem é ele. Agora.... agora vc, chegou, se aproximou de Lincon e ele esta morto!!

M- A culpa não é minha, eu gostava dele, eu não fiz nada com ele

A- Não precisou, fizeram para vc. Pq acha que ninguém se aproximou de vc aqui? Repulga, nojo, RAIVA!!

M- MENTIRAAA- grito no mesmo som - eu não tenho culpa das desgraças que acontecem aqui.

A- HAHA, vc é a própria desgraça, nem o pai quis. Acha oq? Quem deveria esta morta é vc não o MEU FILHO- seus olhos estavam se transformando, a raiva estava trasbordando- Eu espero que a próxima morte seja SUAA, ANTES QUE EU MESMA MATE VOCÊ

M- PARAAAA EU NÃO FIZ NADA - a porta abre e eu saio correndo.

Fui para o único lugar que eu sabia que talvez eu não morra, a catedral, corri o máximo que pude. Cai no chão ajoelhada, segurando meus cabelos para trás como se estivesse segurando minha raiva,e um grito de raiva, dor, abandono, medo, ecoa por toda floresta.

Quem eu queria enganar? Ela tinha razão quando disse que sou a própria desgraça. Olha só pra minha vida, olha só pro que me tornei. Não tinha mais nada que pudesse chamar de meu aqui, era um vazio enorme no meu peito...

Todas as lagrimas que não saiu desde que cheguei aqui, saiu ali, sentada na grama verde, com o céu escurecendo e o frio batendo no meu roto. Aquele choro esvaziou um coração amargurado, mas não encheu a alma vazia.

Alguns minutos Safira e Mattheu apareceram, me levanto me esquivando dos dois

S- Calma..

M- OQ estão fazendo aqui? Vieram esfregar na minha cara que a culpa da morte do irmão de vcs é minha? Que tudo ruim é minha culpa? E esse é o motivo de não se aproximarem de mim? - Cuspo as palavras ainda distante dos dois

Ma- Não! Ate pq isso é um poço de mentiras

S- Para de recuar, não vamos fazer nada com vc Morg

M- Vcs talvez não, mas a mãe de vcs me quer MORTA. - meus olhos estavam encharcados, mas não parei- Eu não fiz nada pra ela, não tenho culpa dos erros dos meus pais, e eu não sou ele, EU NÃO SOU A MINHA MÃEEE, então parem de me tratar como uma imunda, como se eu foce um parasita

J- Vc não tem que nos pedir nada, ate pq vc é minha, eu faço oq quiser com vc- Joshep chegou - Vc vai fazer q EU mandar, e agora... agora vai pra jula

Ma- pai..- Ele tenta mas o pai não deixa ele volta pro seu lugar

M- Jaula? Eu virei animal por acaso?

J- eu tentei ser bom, tentei te tratar bem, mas vc...ah vc não ajudou. Brigar com a líder da casa é burrice. Agora venha!

M- Não vou a lugar nenhum

J-Bom... Mattheu- apontou pra mim fazendo com que Safira e Mattheu me agarrasse e me puxasse para voltar casa

M- ME SOLTEMMM EU NÃO FIZ NADAA- gritava como uma prisioneira, qual era? Oq eu fiz? Pq??

Usaram a super velocidade para chegarmos rápido, na casa Anália ria como uma psicopata, eu chorava e implora pra que me soltassem.
Fui levada ao porão, a parte obscura da casa, eu diria que pior parte da casa. Eram celas, celas como na prisão, me jogaram em uma delas como alguém que cometeu o pior crime de todos. Tudo isso por eu ter respondido a mulher?

J- Acho bom esta bem pro dia do seu casamento- da um sorriso e sai, acompanhando ele os filhos, que não tiveram nem coragem de olhar na minha cara .

Ali, sozinha, pensei que realmente seria meu fim.

Prometida a um VampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora