11- Aquele que elas vão até Seattle

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Três meses depois

Addison se sentia entediada em casa depois de um pouco mais de dois meses ter pedido demissão, definitivamente não dava mais para  trabalhar naquele lugar onde seu chefe lhe explorava, o salário era bom, porém já não estava mais valendo apena. Enquanto não conseguia outro trabalho tinha uma grana boa para usar, além do dinheiro que recebia do aluguel de seu antigo apartamento. Jamais viveria nas custas da noiva, gostava de dividir as despesas.

Estava concentrada na série que passava na tv quando escutou seu celular tocar na bancada da cozinha, onde foi esquecido depois de almoçar. Estava sozinha em casa, Isa no treino e Ally na faculdade que ficava poucas horas dali.

Sentiu seu coração se acelerar ao ver o nome "Brenda" aparecer na tela. Não perdeu tempo e logo atendeu.

— Alô. Brenda? Aconteceu alguma?

— A bolsa estourou, Addison. Estou indo para o hospital.

As duas trocaram apenas mais meia duzias de palavras e encerraram a chamada.

— Preciso comprar as passagens, e avisar a Meredith. Nossos bebês vão nascer - a mesma coloca as mãos nos lábios com um sorriso nos lábios.

Para a sua sorte conseguiu duas passagens para Seattle, que sairia em menos de uma hora do aeroporto. Ainda eufórica e com as mãos tremendo,como se fosse ela a parir arrumou uma pequena mala com roupas sua e da esposa. Não estavam preparadas para a chegada dos gêmeos, por suas contas ainda faltava um mês. No caminho para buscar a noiva, Addie ligou contando as novidades.

Chegaram no aeroporto faltando cinco minutos para o voo sair. Aproveitaram para avisar a família, que estavam ansiosas para a chegada dos bebês. Um pouco antes do natal, Addie e Meredith decidiram ocorrer para a barriga de aluguel, onde foi usado os óvulos de Addison em Brenda uma mulher disposta a emprestar seu corpo para gerar um bebê ao casal. O sonho da jornalista sempre foi ter um pedacinho seu no mundo, e como seu corpo não aguentava a segurar, e para ajudar tinha a idade, esse foi o melhor caminho.

O voo foi tranquilo, mas pareceu durar uma eternidade. Suas mãos estavam grudadas o tempo todo, estavam ansiosas para verem os rostinho dos gêmeos. A casa estava pronta para recebê-los, Addie cedeu o seu canto para fazer um lindo quarto as crianças.

Assim que chegaram a maternidade perguntaram por Brenda Valentin, foram informadas que a mulher já tinha tido os bebês e passava bem, assim como as crianças. Por dentro do caso de barriga de aluguel, a entrada na UTI neonatal foi liberada para o casal conhecer seu gêmeos. Seus gêmeos, sentiam a alegria transborda por seus corpos.

— Eles são tão pequeninhos, lindinhos -Addison sussurrou passando a mão na incubadora que sua menininha estava. - Bem vinda ao mundo Melina.

— Veja como Adam é grande. Olhe tamanho desses dedos - Meredith chamou a atenção da noiva. A ruiva olhou para o menino deixando as lágrimas escorrer. Não tinha como explicar o tamanho de sua felicidade, ali estavam um pedacinho seu com a mulher que tanto amava.

[…]

Acabaram tendo que ficar mais dias que imaginavam em Londres. Derek disse para elas não se preocuparem que cuidaria das meninas, enquanto Maggie tomava facilmente conta do café. Estavam hospedadas em um hotel próximo a maternidade onde seus bebês estavam dia após dia ganhando mais peso para poderem ir pra casa. Adam parecia ganhar mais peço que Melina, que tinha dificuldade de mamar.

Brenda, a moça que tinha servido de barriga de aluguel tinha ganhado alta, e perdido todo o vínculo que tinha com as crianças, como mandava os documentos. O casal agradeceu a mulher, e depois disso não a viu mais.

A jornalista segurava Adam nos braços enquanto o amamentava com uma mamadeira minúscula sentada no cadeirão na ala neonatal. Meredith segurava Melinda com cuidado, essa que tinha acabado de dormir nos braços da mãe.

— Bom dia, mamães - a doutora Fields disse chamando a atenção do casal.

— Bom dia, Doutora.

— Tenho ótimas notícias para vocês- a mulher tinha as mãos nos bolsos de seu jaleco. - Vocês já podem levar os bebês pra casa. Eles estão bem, os últimos exames foram positivos, ganharam o peso que precisavam.

O casal sorriu animada, depois de semanas levariam suas crianças pra casa.

[…]

Quatro meses se passou desde que Adam e Melina chegaram ao mundo. Tinham ganhado mais peso, principalmente Adam que era uma bolinha branquinha com bochechas gordas. Melinda era mais delicada, mais magrinha, e dormia mais que o irmão.

Isa, e Ally eram só amores pelos irmãos. Depois de dezesseis anos, tinham mais bebês em casa. Essas não saiam do lado dos caçulas e sempre ajudavam as mais velhas no que podiam. Chegavam até tirar uma soneca com eles assistindo tv em cima delas.

Addison decidiu parar de procurar um emprego por agora, esperaria os gêmeos ficarem um pouco maiores, ai sim voltaria a atuar como jornalista. Já Meredith reduziu seu horário no café, ficando das sete da manhã às quatro da tarde. Nos horário livres, Ally e Isa já não ficavam mais tão fora de casa, não viam a hora de ficarem agarradas ao seus irmãozinhos.

Depois de dar mamadeira aos bebês, com a ajuda de Isa, Addison pôs Adam para arrotar e depois Melina, acomodou os dois no berço e os cobriu com a manta de bichinhos. A mesma sorriu apaixonada para os pequenos. Céus, os amavam tanto, imaginou várias sensações que sentiria quando fosse mãe, mas nenhuma delas passou por sua cabeça quando os segurou pela primeira vez.

— Eles são tão lindos, né tia Addie - Isa sussurrou passando as mãos devagar sobre a bochecha que Melina.

— São... Mer e eu somos sortudas, só temos meninas e um menino lindo nessa casa -Isabela sorriu para a madrasta.

— Somos uma família linda. - a menina proferiu.

As duas saíram foi quarto abraçadas. Era uma hora da tarde, os gêmeos sempre dormiam nesse horário depois do banho e mamar. Addison atendeu uma ligação da noiva depois de ajudar a enteada a organizar a cozinha. Conversaram por um pouco mais de quinze minutos, Meredith avisou que Callie e Arizona iriam almoçar lá naquela noite.

— Tia, eu vou na padaria comprar sorvete. Volto rapidinho. - avisou Isabela pegando as chaves penduradas atrás da porta.

— Precisa de dinheiro? - a jornalista parou de lixar suas unhas.

— Não, mamãe me deu uma grana mais cedo. - Addison assentiu vendo a menina sair porta a fora.

Mais tarde naquele mesmo dia, receberam a visita do casal de amigas com a adorável Sofia. Foi um jantar agradável regado de muita conversa e risadas. As quatro amigas estavam em uma etapa boa de suas vidas. Mulheres muito bem resolvidas e mães.

Colors Of Life 0.2 | MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora