delicácia {minjoon}

fetching apples 🍎

toque "star earring — fox academy"

— Espere, esqueci-me da cesta! — Jimin exclamou, ao pé da porta da cabana.

Há alguns quilômetros dali, havia um campo de macieiras. Assim como muitas outras árvores frutíferas de Wavenia, era do povo; todos cuidavam e todos colhiam seus frutos. Park tinha um desejo grandioso de comer maçãs, e visto que estava na temporada delas, insistira ao Alfa que lhe levasse até o lugar antes que as melhores frutas acabassem.

— Oh, achavas que carregaríamos as maçãs no teu grandioso coração!

— Por isso não me avisastes? — o Ômega bufou, pegando a cesta magoada de outras colheitas e encaixando-a no braço direito. Dando uma última olhada na moradia, fez força pra fechar a grande e velha porta, passando chave e tudo.

— Exactamente!

— Pois bem. Se continuares não deixarei espaço pra ti no meu coração, só para as macieiras.

E com cuidado, montou no cavalo novamente.

Sunner estava reluzente, as cenouras que Namjoon trouxera da cidade lhe faziam bem. Roubou algumas pra fazer ensopado, mas o cavalo não pareceu notar porque não estivera relinchando à Jimin, como fizera da última vez que pegara dos seus suprimentos.

— És cruel com teu homem, Jimin-ah... pergunto-me porque isso me apetece?

Park gargalhou, segurando bem a cintura do homem e encostando o rosto nas costas dele.

— Paspalhão.

— Não me obrigues à descer daqui e enchê-lo de amor, sim?

Jimin riu baixo agora, contente. Não era uma risada que dizia 'como é engraçado', era uma risada que refletia seu estado completo de paz. O aroma da vegetação ao redor combinava perfeitamente com o de seu Alfa. Ele nascera pra viver ali, nas montanhas, respirando o ar levemente rarefeito, galopando, o sol refletindo sua melanina.

Poderia se apaixonar de novo e de novo por ele. Quando pararam o cavalo perto do campo, por exemplo. Namjoon descera primeiro do cavalo, e após ajeitar as vestes, deu firmeza na cintura do Park ao que lhe ajudava a descer. E olhando-o ali de cima, pode sentir a flecha perfurar seu peito novamente. Estava rendido, e todos os dias rendia um pouco mais de si.

Era uma vida boa.

Colher maçãs com um Alfa resmungão, que odiava as moscas de fruta que cercavam as caídas pelo chão e falava falcatruas todas as vezes em que pisava em uma, sem querer. Trocar beijos com gosto de fruta, dóceis, e rir quando uma ou outra estava esfarelenta ao invés de suculenta.

Era uma vida boa.