𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄𝐈𝐑𝐀「❦」Onde April é desafiada a encontrar a alma gêmea de Sirius Black. E Sirius é desafiado a encontrar a alma gêmea de April.
❛𝐢𝐟 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜 𝐛𝐞
𝐭𝐡𝐞 𝐟𝐨𝐨𝐝 𝐨𝐟
𝐥𝐨𝐯𝐞, 𝐩𝐥𝐚𝐲 𝐨𝐧❜
April nunca foi o tipo de garota...
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█ 01. um belo dia para uma aposta
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TUDO EM RELAÇÃO A APRIL PARKINSON PARECIAse voltar para as trevas. Sua mãe, sua família e até mesmo ela própria deixavam isso um tanto quanto claro. Não apenas pelas piadas suavemente mórbidas ou seu jeito corriqueiro de assustar novatos indefesos, mas a aura sombria que a rodeava. April, no entanto, tinha certeza — mesmo com todos os tipos de rumores — que estava bem longe de ser uma bruxa das trevas. Por mais que sua família não fizesse parte dos Comensais da Morte, ela sempre notara os olhares desconfiados que lançavam sempre que tocavam no assunto.
Ela havia nascido para liderar. Isso estava no seu sangue, no sangue de sua casa também. E um zé mané metido a besta querendo mandar no seu nariz?
Mmh, nananina não, aquilo com certeza não fazia seu feitio.
Ela jamais se submeteria a algo tão patético.
April pouco se importava se haviam trouxas, meio-trouxas ou seja-lá-qual-fosse-o-nome certo. A jovem preferia fazer algo produtivo, como inventar uma poção ou escrever uma redação sobre a história da magia ao meter seu nariz na vida alheia.
Em partes, é claro, já que grande parte da diversão de April era xeretar a vida amorosa dos outros, mas isso poderia ser deixado de fora.
Encostada em um carvalho antigo, com as pernas esticadas sobre o gramado e comendo batatinhas gordurosas, April Diana Parkinson se encontrava com um bolo de pergaminhos em seu colo e uma pena na mão. A bruxa levou uma batatinha à boca quando arrastou a ponta da pena pelo papel, finalizando sua redação sobre A Depreciação de Elfos Domésticos no Mundo Bruxo.
April sempre gostou de organizar suas ideias em folhas; como uma pessoa não muito hábil em verbalizar seus pensamentos, o papel lhe parecia um paraíso de magia inesgotável, onde poderia derramar litros e mais litros de tinta e sentimentos. Com o passar do tempo, ela foi ficando cada vez mais habilidosa naquilo.
A grama ao lado de April afundou quando Charlize se atirou no gramado, bufando esbaforida.
— Por que diabos tiveram que construir um castelo tão grande? — resmungou a grifinória, respirando fundo para tomar fôlego.
April balançou a cabeça, mas sorriu de leve.
— Sinto lhe informar, mas acho que você está ficando sedentária, minha amiga — zombou ela, recebendo um olhar indignado de Charlie.
— Eu não sou a Déli que tem fôlego o suficiente para descer e subir aquela escadarel todos os dias — resmungou ela, tentando capturar uma batatinha e apanhando um tapa na mão em troca. — E o que você está fazendo aí, Primprim? — perguntou, inclinando-se curiosamente para olhar os pergaminhos no colo de April.
