Tudo começa no início do século XIX, com uma jovem moça que cresceu na ausência da mãe, em uma pequena aldeia no interior da França.
Seu pai, Phillippe, um homem muito bom e de ideias mirabolantes e fantásticas, com um grande conhecimento, conside...
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Acordo com o cantar do galo no jardim. Hoje o homem de vestimenta estranha vem recolher o dinheiro da dívida, no qual não juntamos o suficiente. Temo que não consigamos negociar a dívida, falta muito pouco para completar o valor da dívida. Paço em minha cabeça as minhas opções. Resolvi escrever uma carta, caso aconteça algo que esteja fora de meu comando.
“ Querido papa, Saiba que tudo o que faço é pelo senhor, não suportaria pensar que algo de ruim poderia acontecer. Peço que não se preocupe, ficarei bem, sou jovem e forte. Amo-te com todas as minhas forças, fique bem, se cuide, e por favor não vá atrás de mim, encontre alguém para compartilhar suas ideias e aventuras, seguindo minhas instruções o senhor ficará bem, e assim ficarei bem também. Com todo o amor, Belle”.
Papa tem muitos problemas respiratórios, e adoece facilmente, não posso, e não vou colocar sua vida em risco.
Desço as escadas, já vestida, pronta para enfrentar o que vier.
— Belle querida, estou indo na feira buscar algo para o almoço volto em um estante. — meu pai diz saindo da cozinha, e me dando um beijo na testa.
— Lhe esperarei para ajudar no preparo das comidas —assim que papa sai pela porta vou em direção a mesa de jantar e deixo a carta ali, sigo para a sala, e encontro na pequena estante de livros minha mais nova aventura, Romeo e Julieta.
Antes mesmo de conseguir me acomodar no sofá ouço uma batida na porta, caminho em direção a entrada da casa. Assim que abro a porta me assusto ao ver o homem de vestimenta estranha, não pensei que chegaria tão cedo.
— O dinheiro. — disse-me com sua voz rouca.
— Bonjour, pode me esperar na sala senhor vou buscar o pagamento. — adentrou a casa com uma expressão carregada no rosto. Subi em uma pequena escada para alcançar o alto da estante, tirando de um pote um pequeno pacote com o dinheiro. Entreguei ao homem com as mão trêmulas.
— Está faltando dinheiro. — informou-me com um tom exaltado.
— Estou ciente, mas, não conseguimos juntar dinheiro o suficiente e, pensei que o senhor, e o duque poderiam oferecer mais tempo para completarmos o pagamento. — disse com um tom calmo mas carregado de insegurança.
— Está faltando dinheiro. Seu pai teve muitos anos para juntar. Agora aguentem as consequências. — assustei-me quando se aproximou, e me encolhi — Tão frágil, e — soltou uma risada sarcástica — indefesa. — deu alguns passos para frente, enquanto fui recuando até me encostar na parede — Agora cabe a você escolher o que vai acontecer, sabe sua opções de escolha.
Fiz as minhas pesquisas sobre o duque, ele não é visto desde a morte de seu pai, a cerca de nove anos, eu mesma nunca o vi, vive sozinho com seus criados em um castelo afastado da aldeia. Dizem que seus poucos prisioneiros nunca saíram de lá, preciso levar isto em conta para minha decisão.
Fechei os olhos para analisar melhor minhas opções. Não posso deixar que levem meu pai, ele está envelhecendo, tem sua saúde frágil por sua vivência, mas também não podemos ficar sem a casa, papa iria adoecer da mesma forma.
Abro os olhos encaro o homem nervoso a minha frente, respiro fundo antes de informar minha decisão. Assim que abro a boca para me pronunciar, sou interrompida pelo som da porta se abrindo, recebo de meu pai um olhar confuso e surpreso, volto meu olhar para o homem a minha frente me pronuncio.
— Eu vou no lugar dele. — no olhar de meu pai onde antes avia confusão, agora há medo. O homem de vestimenta estranha agarrar uma de minhas mãos e me leva em direção a porta saindo da casa — Papa, — grito para que ele possa me escutar — a carta irá lhe dizer o que precisa saber, — livro-me do aperto do homem e corro em direção ao papa — Saiba que lhe amo, e que nada irá diminuir este sentimento, siga sua vida, encontre alguém para amar, seja feliz como merece, vou ficar bem, vai ficar tudo bem, não se preocupe. — abraço meu pai, o homem me alcança e puxa meu braço em direção a carruagem novamente, entramos e vejo a porta se fechar.
— Eu também lhe amo Belle. — escuto o grito de meu pai assim que a carruagem começa a andar em direção a minha nova e apavorante vida.
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Boa tarde lindezas!!
Mais um capítulo para vcs. Eu iria postar só na semana que vem, mais já sabem né?! Vem o tédio e resolvi postar.
Na mídia lá em cima, como já devem ter imaginado, temos Phillippe, acho que por essa vcs n esperavam😁.
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