Capítulo 5

298 25 3
                                    

William

Dias depois 

 Estava ao lado da cama de Samantha mais uma vez incansavelmente fazendo pela milésima vez uma oração para que ela acordasse e reagisse aos medicamentos, mas ali estava ela com os olhos fechados e com uma expressão suave parecia estar dormindo tranquilamente como se nada estivesse acontecendo,seguro sua mão e faço carinho nela na tentativa que ela retribuísse o meu toque,mas infelizmente não tive resposta. Escorei minha cabeça na poltrona e suspirei inconformado e cansado daquela situação e cada dia que passava me culpava mais ainda por ela estar nessa cama de hospital em coma a uma semana e isso me matava aos poucos,era uma tortura. Me levanto angustiado e olho pela a grande janela de vidro que dava à vista de alguns prédios de New York e algumas pessoas atravessavam a rua apressadas para chegarem ao seu destino final,e derrepente sou tirado da minha nostalgia pelo barulho do medidor de batimentos cardíacos de Samantha, sinto novamente aquele mesmo frio na espinha de quando eu recebi a ligação que ela tinha sofrido um acidente, logo sou retirado do quarto por uma enfermeira que tinha entrado no quarto, mas eu estava apavorado demais para perceber a chegada dela junto com o médico que estava cuidando do caso da minha amiga,fiquei ali no pequeno corredor andando de um lado para o outro tentando saber o que estava acontecendo no quarto, tudo que consegui ouvir foi:

-"A paciente não está respondendo"

E depois disso um pequeno silêncio e o meu coração batia cada vez mais rápido e uma sensação ruim tomava conta de mim, vi o médico sair do quarto e mais que depressa fui até ele esperando pelo o pior:

-Doutor o que aconteceu com ela? 

Ele colocou a mão no meu ombro e com um tom profissional e polido respondeu:

-Ela teve o começo de uma parada cardíaca, mas agora está tudo bem conseguimos trazer ela de volta e por milagre ela também acordou durante a reanimação que fizemos. 

Agradeci aos céus e ao médico várias vezes por essa notícia maravilhosa, não tinha perdido a minha amiga e tinha a chance de concertar tudo agora, a última imagem que ela tinha de mim não seria da nossa briga, isso se ela ainda quisesse me ver, pois havia agido como um babaca com a Samantha, perguntei ao médico:

-Será que eu posso vê-la? 

Ele sorriu por ver o meu alívio, pois tinha dias que não sabia o que era uma refeição decente, uma boa noite de sono e minha aparência estava um pouco horrível. 

-Pode sim, mas não demore porque ela tem que descansar e a tarde faremos alguns exames nela. 

Concordei com a cabeça e fui até o quarto e entrei devagar apesar de que eu estava ansioso para conversar com ela, pedir perdão e tentar deixar as coisas melhores entre nós. Não demorou muito para que os seus olhos verdes parecendo esmeraldas fossem ao meu encontro, engoli a seco e respirei fundo várias vezes buscando a coragem necessária  para dizer alguma coisa à ela, mas antes que eu pudesse dizer algo ela se sentou um pouco na cama e com uma pequena dificuldade,gemendo de dor dirigiu-se a palavra a mim:

-O que você está fazendo aqui, William? 

Seu tom era frio e rancoroso. 

William Black Onde histórias criam vida. Descubra agora