William Black

Capítulo 3

William

Alguns dias se passaram desde o ocorrido com a Samantha, me sentia um verdadeiro idiota por não ter dito nada a ela e agora aqui estou eu tentando me concentrar no meu maldito trabalho enquanto não tirava as suas palavras da minha cabeça: '' Estou apaixonada por você e isso vai além da amizade, William''. O meu medo do amor falou mais forte e acabei magoando a minha amiga se é que ainda posso chamar assim, precisava pensar em alguma maneira de concertar isso o mais rápido possível, pois me partia o coração em vê-la assim. Tirei meu celular do bolso e respiro fundo várias vezes, buscando a coragem necessária para mandar uma mensagem para a Samantha e logo digitei algo, mas apaguei e suspirei frustrado tentando relaxar na minha cadeira. Eu precisava tomar alguma atitude e deixar claro que o melhor a se fazer era nos afastar neste momento para que nenhum de nós saísse machucado mais ainda dessa situação.

Cheguei no começo da noite em casa e estava planejando ter uma conversa séria e pedir desculpas para a Samantha e disse que o melhor era eu me afastar dela para que ela não  sofresse ao lado de uma pessoa que deixou de acreditar no amor a muito tempo, mas tudo que eu encontro é um apartamento vazio e silencioso:

-Samantha?

A chamo na expectativa que ela tivesse em algum outro cômodo do apartamento, coloco minha pasta em cima do sofá e vejo um pequeno bilhete em cima da mesa:

"William,

Eu vou facilitar as coisas para você, pois te conhecendo bem, sei que o que você vai querer nesse momento é se afastar de mim, então eu resolvi sair da sua vida e poupar o trabalho de você ter que escolher as palavras certas para me dizer isso sem me machucar. 

Adeus Samantha."

Terminei de ler e me sinto culpado e preocupado, pois por minha culpa ela estava com o coração partido e sozinha, só Deus sabe onde. Peguei o meu celular e ligo para ela, mas infelizmente é em vão porque só dava caixa postal e aquilo estava me deixando agoniado e com medo de que algo ruim acontecesse, então rezei mentalmente para que tudo ficasse bem. Quando eu terminei de rezar o meu telefone tocou e atendo rapidamente quando eu vejo o número dela:

-Alô Samantha, onde você está? 

Um pequeno silêncio do outro lado da linha me deixava mais nervoso, mas logo foi quebrado:

-Aqui é o chefe dos bombeiros e infelizmente a Samantha foi atropelada por um carro que estava em alta velocidade e o estado dela parece não ser bom. 

Não consigo dizer mais nada e deixo o telefone cair e entro em estado de choque torcendo para aquilo tudo fosse um pesadelo ou uma brincadeira de mal gosto  da Samantha, ela não pode está assim por minha culpa, se eu não tivesse agido como um verdadeiro filho da puta isso não iria acontecer, eu precisava fazer alguma coisa não podia deixar ela morrer e que nada de ruim acontecesse ou eu iria me culpar pelo o resto da vida por a última lembrança que ela teria de mim era agindo de forma idiota com ela.