levantavam contra seus projetos. Em algum lugar, naquele exato momento, os cientistas comunistas estavam fazendo o mesmo tipo de experimento para os quais o complexo marrom de cinco andares e sabe-se lá quantos subsolos havia sido erguido. Os funcionários de Brenner eram lembrados disso sempre que se esqueciam ou faziam perguntas demais. O trabalho do dr. Brenner era prioridade máxima. Eight ainda estava dormindo quando ele saiu do veículo e foi até a porta de trás. Ele a abriu devagar, escorando as costas da menina para que ela não saísse rolando pelo estacionamento. Havia sido sedada por questões de segurança. Era um recurso importante demais para ficar nas mãos de qualquer outra pessoa. Até então, as habilidades dos pacientes tinham sido… decepcionantes. — Eight? Brenner se inclinou para o banco de trás e sacudiu de leve o ombro da menina. Ela balançou a cabeça, ainda de olhos fechados. — Kali — murmurou. O nome verdadeiro. Ela insistia em ser chamada assim. O cientista não costumava fazer as vontades dela, mas era um dia especial. — Kali, acorda. Você está em casa. Ela piscou, faíscas emanando de seus olhos. Mas entendera errado. — Na sua nova casa — acrescentou. As faíscas sumiram. — Você vai gostar daqui. Ele a ajudou a se levantar, deu um empurrãozinho para que se mexesse e estendeu a mão. — Agora o papai precisa que você ande um pouquinho, que nem uma mocinha. Depois pode voltar a dormir. Por fim, a mão pequenina dela se encaixou na dele. À medida que se aproximavam da entrada, o dr. Brenner abriu o sorriso mais doce contido no arsenal de seus lábios. Pensou que seria recebido pelo diretor do laboratório, mas em vez disso se deparou com uma mulher e uma fileira de homens, todos de jaleco. Sua equipe de pesquisa, deduziu, todos à beira de um ataque de nervos.