Capítulo 3

4 0 0
                                    


O que foi aquilo? Meu coração ainda está acelerado, meu corpo está em chamas, abano meu rosto com as mãos e respiro profundamente, não consigo acreditar no que acabou de acontecer, não que eu ache que eles realmente quisessem sair comigo, mas só a imaginação de jantar com ambos me deixa atordoada.

O dia está passando rápido demais, já são 16h e ainda não consegui arrumar uma boa desculpa para não aparecer no jantar da empresa. Sendo bem sincera, eu não quero proximidade, nem com o Louie, muito menos com o Sebastian, eles até que podem ter abalado minhas estruturas mentais, mas não passa de um momento, estou com meus próprios problemas, não quero me meter em mais um.

Alguém segura em meus ombros, o que dispersa meus pensamentos, vou verificar para ver se é Gris, mas quando olho pra cima vejo que é o Tommas, viro os olhos sem que ele perceba, eu realmente não o suporto, odeio que ele toque em mim. Antes mesmo de perguntar o que ele queria, ele mesmo começa falando:

– Sammy minha querida, você vai ao jantar hoje certo? Todos vão recepcionar os novos rapazes e eu estou ansioso para me sentar bem juntinho a você meu bem.

Puta merda, esse cara é realmente um mala, ele e seus flertes inconvenientes com as funcionárias, entendo porque ninguém que seja do sexo feminino quer assunto com esse ser, tenho que me impor e dizer que não vou, eu já estava querendo declinar o convite, agora então... Mas antes que eu fale algo a Gris, minha chefe aparece.

– Tommas, por gentiliza retire suas mãos do ombro da minha funcionária, isso é inconveniente para todos e você bem sabe disso. - Fico aliviada por ela ter me salvado, mas fiquei feliz cedo demais, logo em seguida ela me olha e acrescenta: - Samanta, hoje você deve ir a todo custo no jantar da empresa, eu não vou poder ir porque meu marido está viajando e não consegui uma babá para ficar com as crianças, então você deve me representar querida, isso é um pedido claro. – Diz a Gris como se aquilo realmente fosse um pedido, mas com o ar de ordem, com toda certeza, sei que ela não faz isso de proposito, mas sinceramente, as vezes ela consegue ser um pouco detestável, mas pensando da perspectiva de um funcionário, que chefe não é um pouco assim.

Já são 18h e todos estão esperando a Joy que finalmente aparece, não sei pra que passar 30m se arrumando para um jantar de empresa, até de blusa ela trocou, para uma com um super decote onde seus peitos estão quase pulando para fora, agora pelo menos sei para onde vai toda atenção. Não que eu fosse alguém que por qualquer segundo chamasse atenção, mas a Joy vivia disso, de atenção, ela tinha necessidade de que as pessoas notassem a sua presença. Apesar de não conversarmos muito e ela não gostar muito de mim, sei que ela pode ter um problema psicológico leve, mas eu não indicaria um psicoterapeuta, porque se não ela acharia que eu estava de deboche.

Vamos em direção ao restaurante e fico o mais longe possível do Louie e do Sebastian, para a minha sorte a Ellie está comigo, ela é a minha melhor amiga do trabalho, enquanto caminhamos ela me fala sobre as atualizações da empresa e me diz que a Joy foi na mesa dos meninos umas seis vezes hoje, rimos disso e então olho para trás e vejo que os dois estão distraídos conversando com a Joy, ou olhando os peitos dela, pensar nisso me faz revirar os olhos.

Ao chegarmos no restaurante, vamos a reserva que estava feita no nome da empresa e então eu perco a Ellie de vista, mas ela havia me dito que iria ao banheiro, aposto que não irá demorar. Sento o mais longe possível do Tommas, não quero ser incomodada por ele, então duas pessoas sentam ao meu lado quase que simultaneamente, quando olho pra ver quem são fico paralisada com a surpresa, de um lado está o Louie e do outro o Sebastian.

– Achei que você iria vir conversando com a gente, já que tinha dito que tiraria nossas dúvidas. – Fala o Louie com a carinha de cachorro molhado mais fofa do mundo.

Recomeço ou retrocesso?Onde histórias criam vida. Descubra agora