"Está tudo bem em chorar. Está tudo bem em fugir. Apenas não desista."
(Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba)
-Minha santa Deusa, Bob você só tem camisa preta e moletom de anime seu emo otaku do caralho - fala Pandora com indignação.
-Não é verdade, olha essa camisa é cinza - falo pegando uma camisa que eu havia ganhado em um natal bem distante e que eu nunca tinha vestido.
-Tá de brincadeira com a minha cara né, fala que tá.
Levanto a camisa com uma cara de felicidade.
-Deusa, onde eu fui amarrar meu jegue? - Diz Pandora colocando as mãos por sobre o rosto.
-Não é tão ruim assim, vamos arrumar logo e talvez iremos na pracinha tomar sorvete - digo isso e vejo a feição de Pandora mudar para felicidade instantaneamente.
-Ótimo vamos pegar só alguns moletons e umas camisas de manga longa, ao que parece você enricou o dono da loja que os vende, ou o deixou sem estoque de roupas pretas - fala ela rindo.
-Hilária você, a própria Harley Quenzel de tão palhaça - digo com uma cara emburrada.
Pego bastante roupas e as coloco dentro de uma mala.
-Agora vamos pegar uma barraca, você tem barraca né? - pergunta Pandora.
-Tenho, inclusive ia procurar por ela quando você brotou aqui na minha porta.
-Tá achando ruim me processa, e vamos pegar logo essa maldita - diz ela com desdenho.
Descemos os dois até a porta que liga a casa a garagem, eu não apaguei a luz quando fui atender Pandora então ainda estava tudo iluminado.
-Ela está aqui na garagem, eu estava procurando por ela e talvez um facão - falo pra ela gesticulando.
-Facão? Amigo eu acho que o Jason tem coisa melhor pra fazer esse final de semana - diz ela rindo muito.
-Tá palhaça né garota? - digo rindo também.
Paro de falar e levanto um tipo de mochila cilíndrica.
-Aqui está - digo com brilho no olhar.
-Ótimo vamos, tô ficando depressiva aqui.
Saímos da garagem e voltamos para o meu quarto.
-Acho que está tudo pronto - diz Pandora.
-Sim, vamos na pracinha agora.
-Sim! - comemora Pandora.
-Que horas já são? - pergunto.
Pandora pega o celular e fala:
-16:30.
-Nossa como o tempo passou rápido, vamos logo.
Saímos do quarto em direção a porta e saímos de casa.
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Chegamos a pracinha, estava do jeito que eu gostava, sem movimento algum, apenas o vento frio e a grama, compramos sorvete e descobri que Pandora e eu temos o mesmo sabor de sorvete preferido.
-Passas por gentileza! - falamos ambos em coro perfeito.
Depois de comprar o sorvete fomos até uma parte um tanto afastada da praça para sentar sob a sombra de uma árvore e começamos a conversar.
-E seu pai Bob? - perguntou Pandora.
-Não sei, se o ver, fale que a mamãe já comprou o açúcar.
-Bom, talvez ele tenha tido um surto e esqueceu de como voltar pra casa - disse ela fazendo piada novamente.
-É pode ser - falei por falar.
Ela se aproximou e repousou sobre minhas pernas, pegou uma de minhas mãos e colocou sobre seu cabelo para eu fazer cafuné.
-Eu só tenho pai, mas se você quiser, a gente divide ele.
O vento acompanhou cada palavra de Pandora, assim como minhas lagrimas, minha única amiga sempre foi minha mãe, Pandora chegou a pouco tempo e já ocupou um espaço enorme em minha vida.
-Sabia que eu te amo? - fiz uma pergunta retorica para Pandora.
-Eu sei, não tem como não me amar, eu sou maravilhosa.
-Você é convencida isso sim - disse rindo.
-Não gostou manda o B.O. - falou ela.
- Eu tenho que te contar uma coisa - falei normalmente.
- Pode falar.
- Estou com um pouco de medo desse acampamento - disse com um tom de voz cabisbaixo.
- Por qual motivo? - pergunta ela quase sem demonstrar reação.
- Eu tenho medo dos outros adolescentes, eles sempre parecem não ter preocupações ou limites, são tão livres e inconsequentes.
- Eu entendo, mas a liberdade não seria algo bom ? - pergunta ela.
- No momento ser livre me faria ser solitário.
- Mas você já é solitário Bobinho.
- Não é verdade, eu tenho minha mãe, é agora tenho você - falo colocando minha mão sobre a testa dela.
- Quem disse que eu sou sua amiga? Você está mais pra o meu manequim humano - falou ela rindo em tom de brincadeira.
- A para né, você não resistiu ao meu charme, pode falar - falo brincando.
- A foi? E onde tá ele? De baixo dos seus moletons de ANIME? - fala ela rindo.
- Sem graça, eles são lindos - falo emburrado.
- Linda mesmo é essa sua carinha emburrada - fala ela rindo mais ainda.
Olho no relógio e já são 18:00 horas, peço para Pandora levantar, tínhamos que nos preparar para o jantar.
Levantamos e fomos correndo para casa.
Não demorou muito e chegamos, nos arrumamos e descemos para jantar, a refeição foi mais divertida com Pandora, ela e minha mãe se deram muito bem.
Depois do jantar fomos para o meu quarto, revezamos o banheiro para escovar os dentes, Pandora foi por último pois iria fazer sua skincare, acabou que ela me forçou a faze também, deitamos, eu em um colchão no chão e ela na minha cama.- A princesa ta confortável? - perguntei.
- Estou sim, obrigado, agora dorme que amanhã vamos acordar muito cedo - falou ela colocando o cobertor sobre o corpo.
- Boa noite Pandora!
- Boa noite Bobinho!
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O trouxa apaixonado
RomanceSiga a trajetória falha de Bob, um garoto perdidamente apaixonado e trouxa pra caramba. Aquele primeiro dia de aula no HIGH SCHOOL marcaria toda a minha vida, a começar pelo clima q pela primeira vez em anos estava me ajudando a prevalecer bem e em...