Capitulo 14

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•Livia•

O que eu estou fazendo? Meu coração está acelerado, eu nunca fiz isso na vida e nem sei como que fuma. Só fiz por raiva. Ele ficou de gracinha com aquela tal de Emmily na minha frente e ainda quer mandar em mim? Preciso fazer isso. Só falta a coragem.

Sentamos no sofá e fico olhando eles tragando e o medo me corrói. Muito medo. E se eu fizer alguma besteira? Para. Eu sou livre e tenho que aproveitar. Viver um pouco e parar com esse medo. Olho pro Henry que está com os olhos fixados em mim querendo dizer 'não faz isso'.
- "Pode me passar o beck?"- peço pro Luke ainda encarando o Henry.
- "Claro gracinha, sabe como que faz? Quiser eu posso te ajudar"- ele diz se virando pra mim e vejo o Henry vindo na minha direção e sentando ao meu lado.
- "Não precisa Luke, eu ensino ela"- ele diz e chega no meu ouvido sussurrando -"Tem certeza que você quer fazer isso? Não precisa ficar querendo dar o troco"- começo a sorrir.

Nesse momento, ele me deu mais forças para fumar. Acabo colocando o beck na boca e trago.  Me engasgo um pouco mas não é tão ruim. Algumas horas se passam, sinto o efeito e... agora entendo porque as pessoas viciam nisso. Luke e Henry estão ao meu lado, então, decido provocar mais.

- "Luke, tem alguma bebida aí?"- passo o braço no pescoço do Luke, e pegando em seus cabelos. Vejo o Henry arregalar os olhos.
- "Vou pegar pra você, gatinha"- ele sai em direção a cozinha.
- "Que porra é essa, Livia?"- diz Henry e começo a pegar na sua perna.
- "Calma, lindo"- digo passando a mão em sua nuca massageando a região, e percebo que ele começa a se arrepiar com o meu toque - "Está arrepiado, é? Só estou te fazendo uma massagem"- digo apertando o mesmo com mais força, subindo minha outra mão em sua barriga definida, e começo a fazer movimentos de círculos.
- "Para de ficar me provocando assim. Você tá deixando o meu pau duro"- ele comenta com uma voz ofegante, me fazendo ficar mais excitada do que já estou. Que merda. Esse garoto consegue me deixar molhada em questão de segundos.
- "A intenção é essa, lindo. Se eu pudes..."- digo mas sou interrompida por Luke.
- "Aqui está sua bebida, gracinha"- ele diz tocando na minha perna. Tiro sua mão mas ele coloca de novo.
- "Porra, tira a mão daí. Não tá vendo que ela não quer?"- Henry começa a aumentar o tom de voz e se levanta.
- "Está achando muito dono dela, não está não?"- diz Luke, levantando.
-"Olha aqui, você está..."- Henry começa a falar mas logo o interrompo. Não quero saber de brigas.
- "Chega"- digo bufando - "Não quero nada com você Luke, me desculpe se deu a entender isso"- digo e puxo o Henry para longe dele.
- "Pode me levar para casa? Estou cansada"
- "Certo. Vamos antes que eu faça besteira"- ele diz e sai na frente, e eu o sigo.

Vamos até a frente da casa e entramos no seu carro. É como se eu tivesse tendo um dejavu da sexta-feira passada. Nós dois novamente no carro. Queria muito ter encontrado a Emma mas ela sumiu da minha vista. Estou meio tonta mas começo a olhar pro Henry e seu cabelo está suado, essa blusa branca deixa detalhado toda sua barriga malhada e começo a pegar. Ele olha nos meus olhos e começa a por sua mão em meu pescoço, me encarando, fazendo ficar mais molhada.
- "Você não tem noção da vontade que estou de te beijar, não me provoca"- ele diz e eu fico sem fôlego. Quando nossos lábios quase se tocam eu desvio.
- "Não posso, tenho namorado, esqueceu?"- solto mesmo sendo mentira e vejo ele sorrindo.
- "Linda, não adianta me enganar. Sua amiga me contou que vocês terminaram"- ele diz e me deixa corada de vergonha.

Não falo nada o caminho todo, ele começa a perceber e coloca a mão em minha perna e fica deslizando seus dedos em círculos. Seus dedos descem do joelho até perto da barra da minha saia. Meu coração começa a acelerar com seu toque. Olho para ele, e ele para o carro.
- "Por que parou?" - pergunto já prevendo o que ele vai falar, ou fazer.
- "Porra Liv, não tô aguentando mais" - ele diz com um sorriso malicioso.
- "Aguentando o quê?" - pergunto sorrindo.
- "Ficar sem te beijar, porra. Você está ai me provocando a festa toda, o trajeto todo".
- "Não Henry, não estou te provocando." - mordo os lábios para provocá-lo provando totalmente o contrário das minhas palavras - "Você é quem está me provocando." - digo sorrindo e passando a mão em suas coxas.
Ele sorri, e vem na minha direção. Nossos narizes estão encostados e quando nossas bocas se aproximam, ele se contrai fazendo nos olharmos diretamente.

Do abismo à luzOnde histórias criam vida. Descubra agora