Hoje está acontecendo um evento de música pop na praia, e com isso as ruas estão basicamente desertas. Paro no sinal, já longe da minha casa e aproveito para trocar de música.
Quando o sinal abre acelero o carro, mas inesperadamente, um homem alto de aproximadamente 19 anos e cabelos pretos surge na rua. Rapidamente, por puro reflexo ele lança para frente impedindo que eu o atropelasse. Desesperada estaciono o carro e desço para ver se o homem esta bem. Ao me aproximar o vejo sentado na calçada.
- Você se machucou?- digo nervosa - Precisa de ajuda ou de uma ambulância?
- A senhorita por a caso é maluca? - diz o desconhecido com um tom agressivo - Ou simplesmente quer me matar?- Ele diz essas palavras sem amenos me olhar.
- Se você não percebeu o sinal estava fechado para os pedestres - digo tentando manter a calma. - Sinto muito pelo susto, você esta bem?
Ele não me responde e simplesmente se levanta. - bom pelo menos me parece bem. - Observo ele se aproximar de mim, lentamente ele levanta a cabeça lançando-me um olhar curioso.
- Você é uma péssima motorista - diz ele fazendo uma pausa - Não me surpreende afinal, você não passa de uma criança.
Não consigo acreditar em suas palavras, quem ele pensa que é para falar comigo desse jeito? Tento me controlar para não avançar em cima dele. Noto pela sua atitude grosseira, que ele deve estar com problemas.
- Sinto muito mesmo, mas isso não te dá o direito de me ofender desta maneira – digo ainda surpresa pela sua repentina atitude.
- Quem deveria estar com raiva sou eu! Afinal foi você que iria me atropelar - diz ele se exaltando.
- Iria, mas não atropelei - digo ficando cada vez mais nervosa. O que esta acontecendo? Aonde ele quer chegar com este assunto? E o mais importante, de onde ele surgiu? Não dirijo tão mal assim.
Ele se aproxima de mim ficando a poucos centímetros. Observando-me com seus olhos azuis, escuros como o oceano - dos quais só havia notado a beleza neste exato momento - meu corpo se arrepiou com apenas este olhar. Estávamos tão perto um do outro, que era capaz de sentir sua respiração.
- Vai me dizer que agora se arrependeu? - disse ele me desafiando - Preferia ter me matado?
No instante em que ele me diz isso, uma onda de raiva me invade, por um milésimo de segundo me arrependo de ter freado o carro. O que esta acontecendo? Eu nunca faria isso com alguém, qual é a razão desses pensamentos? Começo a ficar tonta, e percebo que ainda mantinha o contato visual com o desconhecido.
- O que foi? Algum problema? - disse ele com um aceno de cabeça - Diga-me o que esta sentindo!
Como assim, o que eu estou sentindo? Pergunto-me em pensamento, e vem em minha mente que eu nunca sei o que e quando sinto algo. Fujo de meus pensamentos e volto a olhar a o rapaz á minha frente e respondo
- Não sinto nada além de preocupação, afinal você quase se machucou - digo, tentando controlar as minhas emoções. – Mas, o que me surpreende é o seu estranho interesse no assunto.
- É a primeira vez que isso acontece – diz ele em um sussurro me observando mais atentamente, se e que isso é possível.
Ele da um passo para traz e anda em volta de mim em movimentos lentos e calculados. De repente ele para, e aproxima suas mãos do meu rosto. Quando me toca ele acaricia meu rosto.
Em frações de segundos, pensei que ele me beijaria. Esse pensamento me assusta, além do mais eu nem o conheço. Em um momento de impulsividade lanço minha mão em seu rosto, dando lhe um tapa forte. Ao observar sua expressão de indignação, me desespero e corro para o carro de Elliot, com medo porem, curiosa observo pelo retrovisor e vejo o estranho sorri – o que é bem estranho pelo fato de ter levado um tapa, e por consequência disso sinto minha mão formigar. – Sem pensar em mais nada, dou partida no carro.
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Sob o seu olhar
AdventureAlyssa se considera entediante e monótona ao conhecer Harry sua vida muda num piscar de olhos.Apos terem seus destinos cruzados cabe a ela seguir seu coração e se jogar de cabeça em viver uma aventura inesquecível ou abdicar de seus sonhos. Deixe...