(Capitulo 01)

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"Quando você passa por um momento difícil e acha que nada vai melhorar, o mudo prova o contrário."
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Eu me encontrava ajoelhada em frente ao líder do meu vilarejo, estou preste a ser julgada por algo ridículo e supersticioso, eu não posso fazer nada a não ser me defender com palavras e torce para que eles não façam nada de ruim comigo.

- Você foi vista em meio a floresta, colhendo plantas bem diferentes e as levou para casa, curo uma mulher e seu filho de uma doença grave que não tinha cura - Disse o homem de meia idade, me encarando severamente - ainda diz que não é uma bruxa?

- Isso não prova que sou bruxa, a mulher e seu filho estava doente, eu apenas achei uma cura, eu os salvei, só isso - aperto o tecido de minhas vestes - eu sempre colhi plantas diferentes, a maioria são plantas medicinais para fazer remédios.

- Você também foi vista falando em uma língua que não compreendemos - um homem mais jovem deu um passo a frente - estava preparando um feitiço? Ou estava invocando espíritos satânicos?

- Não - fui rápida em responder - eu estava rezando no idioma da minha mãe, do lugar de onde ela veio, não estava invocando espíritos ou preparando feitiços.

- Agora chega - o senhor de meia idade se levanto de sua cadeira - assim como sua mãe, você está condenada a morte, a meia noite será queimada viva ao em vez de ter a cabeça decapitada.

- NÃO!! - grito desesperada - por favor, não me mata - me jogo na frente dos pés do líder do vilarejo - eu imploro, me deixe viver, eu nunca fiz mal a ninguém.

Implorei pela minha vida, não queria morre igual a minha mãe, ela também foi condenada injustamente pelos mesmos motivos que eu, ainda sou muito jovem tenho muito o que viver ainda. Minha palavras de nada valeram para o senhor de meia idade, pois ele chuto meu rosto com força, me desequilibrei e cai no chão, o gosto ferroso de sangue invadiu minha boca, cuspo fora o liquido viscoso.

- Não encoste em mim, Bruxa, levem-na daqui, coloquem-na em uma cela e não a deixem fugir - ordeno aos seus homens.

Sou levada para o calabouço que fica o centro do vilarejo, enquanto sou arrastada por dois homens, eu via varias pessoas me olhar surpresos, com raiva e medo, crianças se escondiam atrás de seus pais quando eles cochichavam algo em seus ouvidos sobre mim. Eles não me entendem, sou apenas uma curandeira que cria remédios e cuida de ferimentos, não sou Bruxa ou feiticeira, só queria saber quem vai cuidar deles quando adoecerem.

Assim que paramos em frente a uma das celas, o homen da direita abre a entrada o outro me empurra com força me fazendo cair no chão, escutei a entrada sendo trancada, permaneço deitada no chão por um tempo tentando inutilmente não chorar.

"Então é isso? Vou morre assim? Queimada viva?" - pergunto a mim mesma em pensamentos - Sem ter a chance de viver uma vida longa cheia de emoções? Não, não vou deixa isso acontecer, quero viver, vou achar um jeito de sair daqui.

Me levanto do chão e seco as minhas lágrimas, olho ao meu redor procurando uma maneira de fugir daqui.

- Pensa, pensa, pensa, como saio daqui? - me aproximo das barras de ferro, olho além delas, encontro os dois homens que me trouxeram aqui, um deles está com as chaves, o melhor ainda e que os dois estão próximos da minha cela - Bingo - sorrio.

Agarro a gola das blusas deles e as puxo com toda força que tenho, fazendo ambos bater a cabeça com força nas grades, os deixando inconscientes por um tempo. Pego as chaves no cinto e abro minha cela, pego uma capa que está em cima de uma cadeira, cubro meu rosto e saio desse lugar horrendo.

Você Confia Em Mim? °Min Yoongi°Onde histórias criam vida. Descubra agora