Runner ➳ Herman Tømmeraas

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Faith

Era meia noite.

Assistíamos a um filme de comédia, onde as nossas gargalhadas se misturavam várias vezes.

Optei por meter um dessa categoria, para não haver tensão depois.

Sabia que ambos tínhamos ficado confusos com o que acontecera. Nem estava em mim que o tinha beijado.

Mas entre nós estava tudo bem.

  Tínhamos uma manta sob as pernas, e eu mantinha-me encostada a si visto que me tinha puxado. Os seus braços rodeavam o meu corpo.

Entretanto, o momento perfeito tinha acabado pois a porta da entrada tinha acabado de ser aberta. Afastei-me rapidamente do moreno, não queria que vissem e pensassem algo.

    Eram os meus pais.

   O meu pai veio até á sala, e cumprimentou o Herman.

- Olá rapaz, estás bom?
- estendeu a mão para ele -

- Olá senhor Stephen, sim obrigado. E você como está? - correspondeu ao aperto de mão do meu pai -

- Estou bem, graças a Deus. Só preciso de um banho e ir para a cama.

Soltamos uma gargalhada.

O meu pai disse que nos ia deixar á vontade. Ao retirar-se da sala, apareceu a minha mãe. A mesma também cumprimentou o rapaz.

Estava com um ar cansado.

Ainda trocamos umas palavras mas logo de seguida, retirou-se da divisão.

Murmurei para irmos para o meu quarto, para estarmos á vontade. Sabia que com os meus pais não ia ser mais a mesma coisa.

Levantei-me do sofá, desligando a televisão e depois a luz.

O moreno veio atrás de mim. Já dentro do quarto, deixei a porta fechada.

- Mais daqui a pouco tenho de ir. Tens que dormir porque tens aulas e eu tenho que acordar ás seis.

- Tão cedo? - ele assentiu - Vais gravar?

- Claro. Agora é sempre. - ele aproximou-se de mim, levando as mãos ao meu rosto - Não vais mesmo ficar chateada com o que aconteceu?

- Não, fica descansado. Só é estranho porque é tudo tão novo para mim. E contigo...

- Eu entendo. Mas se eu pedisse para me dares mais um, davas? - ele mostrou um sorriso carinhoso -

  - Não te apegues. - comecei-me a rir -

- Não mando em nada. Não controlo nada, mas é bom estar contigo. - ele deslizou o dedo pelo meu rosto - Olha aquilo que me fazes. E aquilo que me fazes dizer..

- Vamos com calma, está bem? - perguntei calma e ele assentiu - Não vamos fazer as coisas á pressa, assim não nos magoamos.