Runner ➳ Herman Tømmeraas

37

Faith

Herman

Anda para a minha
beira...

Já não estás chateado?

Não
Quer dizer, mais ou menos
Mas não consigo estar afastado
de ti

Não há motivos para ficares assim Herman
Eu já vou

Levantei-me da mesa, avisando-as que ia conversar com o rapaz. O mesmo tinha ido para a sala sozinho, visto que teve que fazer uma chamada.

Entrei pela vivenda e avistei o rapaz entretido no telemóvel, sentado na ponta do sofá. Contornei o mesmo, sentando-me ao lado dele.

Quando os nossos olhares se cruzaram, o moreno pousou o telemóvel ao seu lado e levantou o braço para que me aconchegasse.

Encostei-me nele, sentindo o meu cabelo a ser despenteado.

- Pára! És tão bruto! - choraminguei, dando-lhe um murro de leve na barriga. Já ele, riu-se -

- Devia de ser mais! Agarras-te o outro...

- Porque não tinha mais ninguém perto dele, foi por isso. Achas mesmo que queria agarrá-lo? - apoiei o cotovelo no sofá, e a cabeça na mão - Mas desculpa se isso te deixou incomodado.

- Eu é que tenho que te pedir desculpa, sei que exagerei e fui arrogante contigo. Mas passei-me na hora, não deu para me controlar.

- Eu percebo, não tem mal. - estendi a mão - Tréguas?

O rapaz pegou na minha mão, e depois beijou a mesma fazendo-me sorrir. Aproximei-me dele, deixando um beijo no seu rosto.

- É mesmo aí que queres beijar? - lançou-me um olhar animado. A minha resposta foi negar com a cabeça -

Queria sentir o beijo dele outra vez.

O Herman envolveu o braço ao redor do meu pescoço e chegou-se para mim, roçando os lábios nos meus.

A minha mão voou para dentro da camisola dele, deixando a mesma descansada na sua barriga.

Um sorriso cresceu nos seus lábios e segundos depois, já me estava a beijar.

Foi um beijo lento mas com desejo.

Movimentei os lábios como ele, causando mais uma vez aquela sensação do frio dentro de mim.

Como se uma descarga elétrica invadisse todo o meu corpo.

Sentia que estávamos a ir rápido demais, mas nós não conseguíamos controlar as emoções e desejos.

E havia em ambas as partes.

Embora tivesse começado nele primeiro.

O som do beijo invadia os meus ouvidos, deixando-me nervosa. Ainda era tudo tão estranho para mim.

Porque era com ele.

Não deixava de ser um rapaz como os outros, mas sabia que ele era diferente.