𝕱𝖎𝖋𝖙𝖍 𝕮𝖍𝖆𝖕𝖙𝖊𝖗

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O três vassouras tinha sido o local do primeiro show de Padfoot, quando ainda tocava músicas sem sentido de como odiava espinafre e acordar cedo lá pelo último ano do colegial.

Naquela época tudo o que queria ficar longe de casa e tocar ali era a oportunidade perfeita já que além de garantir a noite fora, conseguia ganhar alguns trocados de Madame Rosmerta e além de tudo irritava os pais, que surtaram ao descobrir que era naquele "bar imundo e repleto de bêbados" que o filho tocava. E bem, de fato ele não tocava pra mais de meia dúzia de bêbados solitários e James que sempre o acompanhava, mas isso é um mero detalhe.

James se lembrava exatamente disso quando chegou 30 minutos adiantado e encontrou o local lotado como nunca havia visto antes. Aquelas pessoas com certeza não eram os consumidores normais, estavam ali para ver Padfoot e Potter não podia deixar de sentir mais orgulho do amigo e do quanto tinha crescido desde aquele tempo, enquanto se esquivava de algumas delas para chegar até o bar.

– Madame Rosmerta, quanto tempo! – Ele sorriu. – Diz que o Pads se lembrou de te pedir pra reservar uma mesa pra mim...

– James?! Uau, como você cresceu garoto. – A mais velha sorriu, entregando duas cerveja pra ele do balcão como de costume. – Sua mesa é a que tá mais perto do palco, boa sorte pra chegar até ela.

– Você é incrível, sabia? – Abriu uma das garrafa, dando um gole antes de voltar a falar – E quanto a nossa estrela da noite? Posso ir falar com ele?

– Da última vez que chequei ele estava checando se tudo estava certo pela 8° vez... Vê se consegue fazer ele relaxar um pouco, porque eu já desisti.

– Pode deixar. – Ele sorriu, passando pela portinha que dividia a área de bebidas do salão e caminhando até o backstage. – Pads? É o James, posso entrar? – Perguntou, batendo na porta.

Em menos de segundos o cantor de cabelos longos soltos e uma cara um tanto desesperada abriu, o puxando pra dentro.

– Prongs, finalmente! Eu não consigo fazer a guitarra funcionar, acho que vou ter um treco. – Disse rápido demais, passando a mão pelo cabelo e se jogando no sofá.

– Ei, relaxa. Cadê a guitarra, eu posso ver? – Perguntou, deixando as duas cervejas que tinha na mão em cima de uma mesinha.

– Ali encostada na mochila. – Resmungou.

James passou apenas alguns segundos a analisando antes de estendê-la a Sirius novamente.

– Vai, tenta agora. – Se sentou numa poltrona de frente, e revirou os olhos com um sorriso no rosto quando escutou o solo de uma de suas músicas autorais soar perfeitamente. – Você precisa ligar uma guitarra elétrica caso espere que ela funcione, Six. Agora me diz, como você tá?

– Obrigado. – Disse um tanto sem graça por ter feito um drama por algo tão simples. – Acho que deu pra perceber que eu tô um tanto nervoso. Aliás, o que você acha? – Levantou, dando uma voltinha para exibir sua roupa. 

– Uau, quem é você e o que fez com o Sirius Black largado que eu conheço? Se eu não estivesse tão afim da Evans eu juro que investiria em você... aliás, posso abrir uma exceção. – Disse brincando, no que o outro devolveu jogando uma almofada.

– Evans? 

– Lily Evans, a que faz o musical comigo...

– Então você já admitiu pra si mesmo? Que avanço. Da última vez você não parava de insistir que são só amigos e todas essas bobagens que eu te conheço tempo o suficiente pra saber que são mentiras.

– Ok, você estava certo, eu tenho um penhasco por uma colega de trabalho e eu não faço ideia do que fazer. Sirius eu mal consigo ter um beijo técnico com aquela mulher sem parecer um adolescente apaixonado... Aliás, se aquilo é um beijo técnico eu não consigo nem imaginar o que seria um beijo de verdade. Sério, eu estou totalmente rendido, não sei o que fazer.

Grease: a jily auOnde histórias criam vida. Descubra agora