Já faz uma semana que Komaeda morreu. Em uma semana Hajime se afastou de tudo e de todos, se sentia perdido, quebrado, acabado. Se sentia sozinho e sem nenhuma salvação. Ele só podia aguentar tudo sozinho e fingir que ele estava bem com isso.
Esqueceu quem eram seus pais, esqueceu de Chiaki e logo iria esquecer de Komaeda como se não fosse nada. Ou ele iria esquecer da própria existência e levar suas memórias juntos, então seria menos doloroso, ou seria mais. Ele não sabia, não sabia mais a sensação, ele se esqueceu até disso. Era compreensível, pois sua mente estava em colapso e sem direção pra seguir, era só uma bagunça de sentimentos ruins o atacando constantemente.
"Eu preciso morrer, eu preciso enterrar minhas memórias junto comigo."
Repetia ele todos os dias, mas era um covarde, e Izuru nunca o deixou.
"Hajime não faça isso."
Izuru dizia. Ele era tão tedioso.
Hajime morra. Hajime viva.
Se perguntava qual dos dois Nanami ou Komaeda escolheria. Sem eles, Hajime se sentia completamente perdido, completamente sem ajuda alguma e se afogando nas suas próprias indecisões.
Mas, ele queria vê-los de novo.
Ele precisava vê-los novamente.
Ele.
Sua existência necessitava disso.
Ele agradecia aquela maldita corda enquanto amarrava isso em seu pescoço, ele não escutava mais Izuru, ele esqueceu de Izuru também. Dava nós e mais nós bem firmes para nunca conseguir voltar atrás, como eles faziam. Como Komaeda fazia. Ele não podia ser covarde agora, ele precisava fazer isso. Ele...
"Heey!"
Chamou pelo garoto que estava a observar os pássaros.
"Hey! Quem é você?"
Estava tão distraído que não conseguia respondê-lo. O garoto que havia o chamado o cutucou até mostrar um sinal de vida.
"Ah! Quem é você?! Eu lhe conheço?"
"Eu que pergunto isso!"
"Oh então no caso, meu nome é Nagito Komaeda. E o seu?"
"Hajime Hinata! Podemos ser amigos?"
Sim, Nagito Komaeda e Hajime Hinata.
Hajime Hinata, aquele que seguia Nagito para todos os lugares, até para a morte. Pobre Hajime. Mas o fato que isso me levaria junto era assustador, e o fato que estava prestes a assistir toda a vida de Hajime passando como um filme era ainda mais assustador.
"Hey Hajime, não tenha medo do outro lado."
Eu disse, e nesse momento ele empurrou a cadeira que se encontrava em cima. Começou a sufocar, tossir, se balançar. Mas não se arrependia. Enquanto ao filme, ele havia começado...
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Eu estou viva, sim. Eu juro que vou upar o próximo capítulo mas eu estou tentando focar na minha fanfic de Amaguji por enquanto kk. Se quiserem que eu upe essa mais rápido por favor leiam a de Amaguji, isso concerteza vai me dar uma força pra terminar aquela e continuar essa.