─ Bom dia, família desunida da porra! ─ Alessa chega falando alto no hall da Pousada de seu amigo que logo a avista e vem xingá-la, abraçando-a na primeira hora da manhã.
─ Sorte a sua que não tem ninguém em casa ─ ele fala divertido, fazendo-a rir.
─ O velho eu também não sei por onde anda, tá sumido tem dias já ─ fala de Tito, desvinculado a alça da sua bolsinha do próprio tronco e seguindo Vito andar a cima, numa pousada ao mesmo estilo do Raio de Sol, porém, menor. A casa da família era no seguno andar.
─ Ele deve estar tentando evitar o seu namorico com o loiro ─ fala, rindo como se aquilo não o atingisse.
Alessa franze o cenho, pedindo explicações ao segui-lo para seu quarto, nem lembra de todas as noites dormidas - ou não -, no mesmo lugar.
─ Do que você tá falando? ─ não é o que parece. Alessa não iria negar seu rolo com Bakugou, ela apenas queria saber como Vito sabe, afinal, tem grande diferença entre dizer-lhe que tiveram um beijo e dizer-lhe que estão namorando.
Abrindo a porta do seu quarto para ela, o loiro alto e magro, de fios lisos e cheio de luzes diz, com um sorriso frio no canto dos lábios:
─ Eu fui falar com você ontem ─ Alessa entra no quarto e não precisa pedir permissão para sentar-se na cama. ─ Vocês estavam no mar.
─ Ah ─ ela diz, apenas.
Vito também fica em silêncio. Não queria demonstrar nada estranho, nem deixar transparecer o seu incômodo, mas sua ex estava tão submersa na própria cabeça que ele duvidava muito que estivesse pensando no bem estar dele.
─ O que tá esperando? ─ pergunta Alessa. ─ Pega logo a coisa.
Ele ri.
Era assim, ela sempre o xingava e andava estressada, mas tinha um vocabulário estranho que o fazia rir.
─ Então tira essa bunda daí, eu escondi debaixo da cama ─ diz, empurrando-a levemente para o lado.
Vito ergue o colchão e tira uma lata de pelo menos 25cm de altura, até então lacrada, não fosse a fenda fina o suficiente para passar dinheiro.
Alessa abre sua bolsinha e tira uma espécie de canivete, firma a lata sobre o edredom da cama e rasga a cola posta por Vito, tirando a tampa e revelando um balde de dinheiro guardado durante os últimos anos.
Os euros caem como montantes de cachoeiras sobre a cama, e Alessa precisa da ajuda de Vito para não deixá-los cair.
─ Vamos lá? ─ pergunta pra ele que, um pouco aflito, assente, sentando-se de frente para ele e começam a contar.
Primeiro Vito e Alessa separam todas as notas, organizando-se pelo seu valor. Depois pegam um pedacinho de papel e uma caneta e começam, contam, contam, contam. Levam quase que toda a manhã e a tarde ali.
─ Trinta mil, seiscentos e dezessete com uns trocados ─ ele diz, exausto.
Alessa pega seu celular enquanto as embola por grupinhos e alcança para ele que abrindo o aplicativo, digita o valor e lhe diz quanto deu a conversão em dólar americano.
─ Trinta e seis mil ─ ele diz, vendo-a torcer o lábio pensativa.
─ E se fôssemos numa embaixada brasileira depois?
Vito faz a conversão e diz:
─ Equivale a 193 mil reais, e reconvertendo em dólares dá apenas mais uns trocados a mais. Daria tipo, uns $36,57.
─ Droga ─ Alessa resmunga, jogando-se na cama.
─ Alessa ─ ele chama, já em tom repreenssivo. Ela ergue os olhos e faz careta, aceitando o xingamento. ─ Vamos ficar apertados, mas dá.
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Katsuki Bakugou ─ Explosivo
FanfictionKatsuki Bakugo havia dado tudo de si para que o objetivo final, no último ano de ensino da U.A. fosse alcançado. Então ele se tornou um herói profissional. Dono da personalidade mais peculiar entre todas as classes de heróis em Tóquio, Kacchan queri...