O sol não estava forte o suficiente para impedi-los de deitar na areia. Bakugou ajeitou a toalha para dois debaixo dela, e em silêncio, eles deitaram um ao lado do outro. Sutilmente, Katsuki vira o rosto para ela, e ela, com o coração em frangalhos, vira o rosto para ele. Sob os ombros encostados um no outro, os dedos se entrelaçam, o movimento é quente e deixa Alessa sentir um excesso de suor na palma da mão explosiva.
─ Que hora é agora? ─ ele pergunta, mesmo que ela também estivesse sem relógio.
Alessa sabe reconhecer o horário pela posição do Sol, e quando um vento abafado sopra, ele ama a sensação de sentir a invidualidade dela afastar a brisa, o controle flui para a pele da mão dele também, e Bakugou pensou que aquele poderia ter sido o toque mais íntimo que ela lhe deu.
─ Perto das quinze... ─ sussurra, emocionada demais para desviar o olhar.
Bakugou se inclina minimamente, tocando o canto de seus olhos que se umideciam.
Ele não queria magoá-la, nem deixá-la confusa, achou que talvez pedir para Alessa ir com ele seria muita estupidez, um egoísmo sem tamanho. Ela desistiria da tal universidade por ele? E ele queria que ela fizesse isso? Ele iria gostar dela do mesmo jeito daqui um ano? - todas essas perguntas ele já havia se feito.
E a resposta da primeira é: sim. Por isso, ele jamais a pediria. Bakugou definitivamente não queria que ela desistisse de seus sonhos. "Eu iria gostaria dela do mesmo jeito daqui um ano?", ele ouve a questão ecoar novamente em sua cabeça, e a resposta pra essa questão é, agora, definitivamente sim.
─ Você me levaria ao cinema? ─ ele a olha quando Alessa pergunta. Mesmo que a questão tenha lhe aquecido o peito, Bakugou não sorri.
Lembra do jeito que ela briga com ele, e como o xinga de todos os palavrões possíveis. Cinema não seria o lugar ideal para levar uma garota como Alessa. Mas ele sente todas as vontades dela mescladas na pergunta, e aproximando-se um pouco mais, pergunta:
─ Por que não, otária?!
Alessa sorri.
E o gesto singelo acelera miseravelmente o coração dele.
─ O que mais você gostaria de fazer? ─ ela pergunta e Bakugou engole em seco. Estavam sem tempo. E já haviam combinado que não teriam um relacionamento assim se houvesse a oportunidade.
─ Acho que você iria gostar de ir lá em casa...
─ Tipo c-com se-us pais? ─ Alessa engasga, a pergunta gaguejada ecoa num grito, arranca um riso contido de Katsuki.
─ É ─ ele diz. ─ Meu pai iria se apaixonar por você...
─ Você acha? ─ pergunta, visivelmente embaraçada, as bochechas coradas pra caralho.
─ Claro ─ confirma. ─ A velha iria pegar um pouco no seu pé, e provavelmente me xingaria porque você a xingou, mas o idiota se amarraria...
─ Por que eu xingaria sua mãe, Bakugou? ─ pergunta um pouco ofendida, apertando inconscientemente seus dedos nos dele.
─ Acredite em mim, você não teria outra escolha senão xingar aquela megera ─ Alessa gargalha, e quando ouve aquele som, parece que o mundo dele pára.
─ Acho que eu te levaria pra uma colina ─ ela fala, sonhadora. ─ E te jogaria de lá ─ Alessa o olha de soslaio, contendo um riso para aguardar sua reação.
Bakugou estala a língua no céu da boca, irritado. O cenho franzido, deixava os olhos escarlates ainda mais penetrantes.
─ Você tá maldosa, italiana de merda ─ xinga, não resistindo ao toque estalado na testa dela.
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Katsuki Bakugou ─ Explosivo
FanficKatsuki Bakugo havia dado tudo de si para que o objetivo final, no último ano de ensino da U.A. fosse alcançado. Então ele se tornou um herói profissional. Dono da personalidade mais peculiar entre todas as classes de heróis em Tóquio, Kacchan queri...