A Confusão e o Tempo

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Ainda nem é madrugada
Mas o frio já chegou aqui
Começa agora uma longa caminhada
A manhã fica longe daqui

A estrada é longa
Sozinho é tão sem graça
Sinto falta de um cobertor
Com ele o frio, o medo... tudo passa

Aqui nada existre
Além de frio, pranto e solidão
Queria voltar no tempo
E pedir mais tempo ao tempo

Exigir mais tempo, pois ele pareceu voar
Em todas as noites que tive calor e segurança
Em todas as noites em que tive um lar
E agora eu me pergunto:

Ainda há tempo de amar?
Onde está o relogio?
Me perdi no tempo
Me perdi de tudo

Mas ainda há tempo na música
Eu quero cantar e por as juras na letra
Lembrar de todas as estrelas e não chorar
Como escrevo uma música com a mão tremula?

Do que devo falar?
Da confusão e o tempo?
Do Vento e a Tempestade?
Do Cais e o Navio ou do Meu Céu?

Ainda há tempo? A vida passa num instante
Um instante é pouco para qualquer coisa
Um instante era tudo que eu queria,
Quero pedir tempo, mas o relógionão escuta.

Como parar o tempo
Fazendo o tempo passar rápido
Ao mesmo tempo?
Essa resposta eu tenho

Além disso eu não tenho nada
Eu queria tempo para fazer tudo
Mas não tive tempo para nada.

Sou PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora