Vento e Tempestade

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Ela é como o vento
Uma brisa suave
Passa por eu a qualquer momento
Arrepiando eu deixo que me leve

Me leva para longe de tudo
Faz-me esquecer de todos
Sua suavidade chega a ser um absurdo
Se descrevo-a, dirão que sou louco

Seus assobios melancólicos
Me tiram para dançar
Vou norte a sul num bailar fantástico
Alcanço lugares que o homem jamais alcançará

O vento suave ganha força
Me deixa sem chance de defesa
Me arrasta e me lança
É minha força e minha fraquesa

Tornando-se uma tempestade
Devasta tudo em sua frente
Fujir daqui? Agora é tarde
Estou sujeito a sua força eminente

Depois da tempestade há a calmaria
A brisa volta e leva todo o sufoco
Trás de volta toda a melancolia
Me regenerando aos poucos

E antes  de recuperar-me
A tempestade volta
Como impedí-la de devastar-me?
Vou sendo levado como tudo em minha volta

Preciso respirar
Estou me afogando
Quando a calmaria irá voltar?
Pela brisa suave estou clamando!

O vento virou uma tempestade
A tempestade e o vento
São um só, na verdade

Me leva, me arrasta
Me lança, sufoque
Me joga e me afoga

Mas venha até mim
Ser a minha tempestade

Seremos um só furacão
Na mesma sintonia e cumplicidade

Uma só calmaria ou ventania
Seremos  um só vento  e tempestade.

Sou PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora