As férias já tinham chegado e minhas notas todas azuis, meus irmãos resolveram querer visitar os nossos pais. Eu ainda não tinha falado para meus pais que estava trazendo um "amigo", mesmo meus irmãos sabendo que Carlos e eu estamos em um "relacionamento" eu não poderia dizer de primeira que estaria trazendo meu futuro namorado para conhecer meus pais. Nem Carlos imaginava que iria conhecer seus futuros sogros hoje. Adam dirigia durante 4 horas prestando a atenção na estrada, e na conversa que Sabrina tinha com o meu ruivo sobre quando éramos mais jovens.
Carlos ria quando era algo relacionado a mim na escola, de como eu era meio "radical" e cabulava algumas aulas. O sorriso dele me levava nas nuvens, cada expressão facial me paralisava de um jeito que nem eu sabia descrever. Nunca imaginaria que eu estaria com o Carlos nessas circunstancias, durante esse mês ficamos mais próximo, estudávamos juntos, comíamos juntos e passávamos os finais de semanas com nossos amigos. O que era espetacular passar tempo com eles, deixava o Carlos feliz e eu amo ver o meu ruivo feliz.
- Não foi bem assim Sabrina! O menino veio falando algumas coisas que me incomodaram e eu dei um soco na boca dele. - Disse quando meu nome foi colocado na conversa.
- Mas ele disse que não disse nada de mais Edu. - Sabrina disse revirando os olhos. - Carlos, ele bateu no menino só porque ele me deu um abraço e disse que gostava de mim. - Falou se virando para nos encarar. - Nem o Adam foi tão ciumento assim!
-Quem disse? O Adam ameaçou o menino no outro dia, por isso ele não apareceu na escola durante uma semana. - Falo observando Adam dar um sorriso cínico para mim pelo retrovisor.
- O que? - Sabrina pergunta indignada. - Isso é verdade Adam?
- Não sei. - Respondeu Adam da forma mais cínica de todas.
A viagem continuou por mais algumas horas, a conversa entre meus irmãos e Carlos fluía naturalmente, foi quando paramos em frente a um casarão imenso, com seu jardim na frente vivo e esperando para ser apreciado. O que mamãe adorava mais que o nosso pai era as flores dela. E por falar nela, vejo seu corpo parado em frente a escadaria que dava em frente ao hall de entrada, saio correndo junto com meus irmãos e vamos para cima dela quase a derrubando. Sinta falta de minha Mãe, do seu carinho e de tudo um pouco. Passamos um tempo, nos quatro abraçados, até que mamãe pergunta sobre o nosso acompanhante.
- Quem é este belo rapaz? - Mamãe pergunta com seus olhos curiosos esperando alguma resposta.
- Mamãe, este é meu amigo Carlos. - Digo me afastando indo até ele, que estava todo envergonhado, trazendo para mais perto. - Carlos, está é minha mãe, senhora Rossita.
- Olá senhora Rossita. É um prazer conhecê-la! - Carlos cumprimenta quase se encolhendo de vergonha.
- Amigo? - Minha mãe me olha desconfiada, mas nada disse. - Não precisa dessa formalidade toda querido, me chame de Rose, ou até mesmo de sogra.
Me engasgo com a resposta dela até que Sabrina começa a bater em minhas costas em busca de ajudar em algo. Observo o Carlos e vejo que está surpreso pela declaração e mais vermelho do que estava antes.
- Brincadeira meninos, não é para tanto. - Mamãe disse rindo puxando Carlos para um abraço. - Seja bem vindo querido, espero que possamos nos ver mais.
- Bom, já que foram apresentados, vamos comer que estou morrendo de fome aqui. - A fala de Adam fez com que nossas barrigas roncassem de fome na mesma hora, nos entreolhamos e começamos a rir que nem três bestas.
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Depois de algum tempo, tiramos a nossas malas do carro e fomos para os nossos quartos. Logico que Carlos iria dormir comigo, mesmo tendo quartos sobrando, mas não achei necessário ele dormir longe de mim. Ainda mais hoje.
Ele com vergonho, todo vermelho, é a coisa mais fofa que eu já vi.
Papai não estava em casa, pergunto sobre sua ausência, e mamãe disse que ele estava resolvendo alguma coisa na cidade, mas que já vinha para a casa. Enquanto comíamos, mamãe contava as nossas travessuras que fazíamos quando éramos pequenos para Carlos, e perguntava como era vida dele. Em certos momentos as bochechas dele ficava vermelhas, o que deixava minha mãe mais sorridente. Porém mal sabe como ele é realmente. Eu conheço a mãe que tenho e sei que ela já sabia que meu ruivo seria meu companheiro em breve, mas até agora eu não confirmei nada pois eu faria o pedido correto ainda.
Passamos um bom tempo conversando sobre como estávamos na faculdade, até que a senhorita Rossita aparece com alguns álbuns de foto minhas quando era mais novo. Tentei pegar o álbum que continha fotos de quando eu era bebê, mas foi ameaçado de ser deserdado se eu encostasse naquele álbum. O resto da tarde foi alegre, mamãe adorou Carlos, e já necessita ele nos feriados em família que sempre fazemos.
Era quase noite quando ouvimos um barulho de carro sendo estacionado na garagem e a porta dos fundos serem abertas. Já sabíamos quem era, então eu e meus irmãos tratamos de nos levantar e sair atrás de nosso querido pai. Fazia tempo que não via meu pai, e ele ainda continua um coroa bonitão. Cabelos grisalhos e a barba só aparada da mesma cor. Ele não mudou nada.
- Cadê meus garotões e minha princesa. -Ouço uma voz rouca e grossa vindo da cozinha.
- Papai! - Falamos nós três juntos e fomos ao seu encontro.
- Senti saudades de vocês meus três mosqueteiros. - Rimos de sua homenagem, pois quando éramos pequenos brincávamos de três mosqueteiro perto do lago. - Quem é aquele rapaz ali? É o amante de sua mãe?
A felicidade que estampava no rosto de Carlos foi se transformando em puro medo, mas logo papai tratou de rir se desculpando da piada de mal gosto. Vou até meu ruivo puxando-o para que viesse cumprimentar meu pai, mas sem deixar de observar o olhar curioso de meu pai sobre nós dois.
- Papai, este é meu amigo Carlos. - Disse empurrando Carlos para mais perto.
- Olá senhor Macedo, é um prazer em conhecê-lo. - Cumprimenta Carlos com seu jeito fofo, como sempre.
- Sem essa de senhor menino dos cabelos flamejantes. - Disse Papai o cumprimentando. - Pode me chamar de Arthur
- Tudo bem senhor Arthur. - Disse Carlos, mas foi logo recebendo um olhar de meu pai e logo se desculpou
Ficamos conversando por um bom até que deu a hora de dormir, meus pais e irmão foram para seus quartos, enquanto eu mostrava a casa para meu ruivo, teve uma hora que me peguei distraído só de olhar a cara de espanto que ele fazia a cada cômodo que eu mostrava. Após mostrar uma boa parte da casa fomos para o quarto tomar um banho e descansar, pois a viagem e a falação nos deixaram cansados. Carlos foi o primeiro a entrar no banheiro, mas não deixei de ir atrás. Ficamos mais de meia hora nos pegando que nem dois loucos, até que resolvi terminar tudo e ir dormir. Meu pequeno ruivo estava muito cansado que nem aguentava se secar, ele piscava seus olhos como sinal que iria resistir ao sono, mas foi um fracasso. Pego Carlos pela fazendo com que ele entrelaçasse suas pernas em volta da minha cintura levando para cama, o coitado já estava com seus olhos fechado e dormindo profundamente. O cubro e vou logo me juntando ao seu lado. A noite lá fora estava fria, a lua cheia iluminava uma boa parte do meu quarto, fazendo com que o clima ficasse maravilhoso ao lado do meu ruivo. Passar as minhas primeiras férias com Carlos era bom, mas o que seria magnifico é pedir o meu ruivo em namoro de um jeito diferente.
Tive uma ideia
- Carlos? - O chamo observando-o se remexer. - Ruivinho?
- Hum...
- Você quer namorar comigo? - Pergunto torcendo para que a resposta seja um sim
- Hum...im... - Responde, porém não ouvi direito.
- Como? - Pergunto novamente. - Eu não ouvi direito.
- Sim amor. - Vejo ele responder mais nítido do que antes. Fico o encarando para ver se era só o sono, mas parece que foi realmente verdade. Vou me virando lentamente até que meus olhos se contra com o teto, fio observando com um sorriso no rosto não acreditando naquilo. Em certo momento vou fechando meus olhos até não ter que ver mais nada, e só sentir a felicidade me meu coração.
Eu estou namorando meu ruivo, e nem ele vai acreditar nisso amanhã!
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Só Entre Nós e uma Xícara de Café {VOLUME 1} [CONCLUÍDO✔️]
RomanceEduardo é um rapaz de personalidade forte, mas bem antissocial perante a outras pessoas, e isso fica bem mais nítido quando ele está na faculdade e só tem um único amigo, Will. Tudo em sua vida muda quando ele começa a observar seu novo colega de sa...