Cisne Negro: Um Musical Chaennie | (longfic) | • pcy + kjn

4. A Calmaria Antes Do Primeiro Ensaio.

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notas iniciais:

e tudo só piora...

desculpem qualquer errinho, por favor. eu reviso, mas sempre passa algum despercebido.

mais uma vez, obrigada por lerem, comentarem e votarem. isso me motiva muito a continuar escrevendo. vocês não fazem ideia <3

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— Vão embora — Jisoo enxota os bisbilhoteiros para fora. — O show acabou! Não tem mais nada para ver aqui.

Ela fecha a porta num baque e Rosé solta o ar com força, escondendo o rosto entre as mãos. Suas bochechas queimavam de vergonha por ter desmoronado na frente de tanta gente, principalmente das amigas. Do jeito que as pessoas da escola eram, eles comentaram sobre aquilo pelo resto do ano, no mínimo. No almoço nem se fale, ela se tornaria o alvo das más línguas para sempre.

Eu nunca mais piso no refeitório até a formatura.

— Ei — a voz mansa de Lisa soa, ao que parecia, agachada na frente dela e uma mão acaricia seus dois joelhos. Aquele carinho a acalma um pouco. — Chaeng.

Passos soam perto e o assento do lado dela afunda.

— Eles já foram e eu tranquei a porta — Jisoo avisa e passa um braço ao redor do ombro dela, a apertando. — Tá tudo bem agora.

Rosé funga e morde o interior da bochecha. Ela tenta, mas não consegue impedir e seu choro se torna alto. Todos os sentimentos que guardou estavam, involuntariamente, saindo na forma de raiva, cansados de serem trancafiados e reprimidos.

Mas, ela não se sentia merecedora aquele abraço tão acolhedor e daquelas palavras. Na verdade, se sentia um monstro. O olhar magoado de Jennie não saia de sua cabeça. A imagem pairava em sua memória  disposta a assombrá-la e torturá-la, como uma maldição e era mesmo porque para ela não havia nada pior do que ser a pessoa que fez Jennie chorar.

Na hora, não raciocinou direito. Não pesou as palavras e nem calculou as consequências. Pela primeira vez, não tinha pensado em Jennie e em como ela se sentiria. Tinha sido egoísta e só viu a própria dor. Na hora, só queria que Jennie sentisse toda a dor que causava nela. Ela queria machucar.

E, sinceramente, Rosé odiava aquilo. Odiava ser tomada pelas emoções. Ela não era insensível e sabia que aos olhos de todos, tinha explodido por um motivo besta. Ninguém sabia sobre as coisas que ela guardava a sete chaves dentro de si e para todos os efeitos ela estava brava por não ter conseguido um papel bom e isso era vergonhoso.

Porém, apesar dos grunhidos patéticos dela, o carinho de Lisa no joelho e o de Jisoo em seu braço não param. As duas continuam ali, até que ela ergue o olhar e se vê rodeada pelas amigas.

— Eu não consegui o papel — Rosé murmura, preferindo fitar o chão.

Só naquele momento a ficha cai.

— Vai ter outras oportunidades, Chae — Jisoo se inclina até entrar no campo de visão dela. Quando Rosé a encara e o olhar delas se encontram, Jisoo sorri fraco. — Foi o que você me disse, lembra?

Rosé assente, secando as lagrimas.

— Não é o fim do mundo — Lisa fala, cautelosa e a ajuda passando os dedos pela bochecha dela.

— Você é talentosa — Jisoo ajeita o cabelo dela para trás da orelha, sem perder o sorriso. — Com certeza vai conseguir papéis muito melhores.

— E pensa pelo lado bom  — Lisa diz e Rosé a encara, ansiosa para ouvir. Ela precisava só de um motivozinho para poder ficar feliz. — Pelo menos você não vai ter que beijar o Kai na peça.