Capitulo 64

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O tal Harry continuava sentado. Não sabia o que dizer. Quando senti a sua mão na minha…. Bem não sabia descrever a sensação.

Harry: tens a certeza que não te lembras de nada? Mesmo nada?- acabou por quebrar aquele silencio.

Eu: não. Infelizmente não. Parece que voou tudo. É difícil tentar-me lembrar das coisas quando eu não sei o que devo lembrar. Uma dor apodera-se de mim e torna tudo ainda mais complicado.

Harry: desculpa…

Harry baixou a cabeça. Por momentos apercebi-me das suas emoções, finalmente estava a conseguir decifra-lo. Mas não foi uma boa emoção… ele parecia estar mesmo mal com tudo isto. Lá deixou escapar uma lágrima. Olhou para mim, pôs-se a pé e foi embora. Não percebi… a minha cabeça doí-a cada vez mais, estava prestes a explodir. E ver aquele rapaz assim partiu-me o coração.

Encostei-me e adormeci.

*Harry*

Saí daquele quarto. Não aguentava. Aquela não era ela. Tao vazia, o seu olhar não era o mesmo, o seu sorriso desapareceu…. Ela não era ela!

Alex: então? Falaram? O que lhe disseste?

Eu: nada. Não disse nada.- as lagrimas percorriam a minha cara

Niall: não fiques assim. Ela acordou é o que importa. Agora é só esperar que ela se lembre. Vamos dar tempo ao tempo.

Maria: o Niall tem razão. Vai ficar tudo bem.

Foram todos para as suas casas e eu decidi ir dar uma volta a pé, apanhar um pouco de ar fresco, espairecer, pensar melhor nisto tudo… andei, andei e andei. Acabei por parar naquele parque onde estive com ela no dia do acidente. Imagens dela vagueavam pela minha cabeça: o seu sorriso, os seus lábios encarnados, o seu olhar meigo, a sua doce voz, os nossos beijos, a minha Guida.

Liguei á minha mãe a avisar que ela já tinha acordado. Ela ficou super feliz. Ela gostava muito da Guida, todos nós gostamos. A Maria já tinha avisado as irmãs dela. Queria ser eu a ligar-lhes mas nunca sei o que dizer… estava tao confuso. Fui para casa da Guida, tomei um duche e deitei-me u pouco até que adormeci.

*Guida*

Passou-se uma semana desde que “acordei”. Todos os dias aquelas três raparigas me vinham visitar com os seus namorados. O tal Harry nunca mais apareceu cá.

Hoje ia-me finalmente embora. O médico disse que estava tudo bem e que com o tempo e algum esforço a memória voltaria, e que o simples facto de eu conseguir falar e andar era razão para estar confiante na minha recuperação. Vou ter de ter alguns cuidados mas de resto posso ter uma vida normal, digamos. Apenas algumas consultas de neurologia, visitas regulares a um psicólogo e alguns comprimidos.

Queria ir-me embora dali o mais rápido possível, mas não sabia para onde… nem como! Pedi ao médico para ligar para o numero da pessoa que ficou responsável por mim quando …. Bem o numero que está na minha ficha médica. Ele ligou e pouco tempo depois aparece o tal Harry. Esquisito… ele estava esquisito!

Harry: trouxe-te alguma roupa.- disse entregando-me um saco.

Eu: obrigada.- sorri

O ambiente estava pesado, muito pesado.

Fui vestir-me e quando voltei ele estava sentado na sala de espera a ler uma revista, ou pelo menos a olhar para ela.

Eu: estou pronta. Podes levar-me para… para… bem para onde eu vivo?- sorri

Harry: sim, claro.

Ele estava a ser tao frio… não percebo, não o percebo!

Segui-o até fora do hospital. Ele abriu-me a porta do carro e eu entrei.  A viagem foi longa mas calma, super calma, até demais. Nenhum de nós se atreveu a dizer uma única palavra, talvez por não sabermos o que dizer, ou termos medo de dizer algo que não devamos.

Harry: chegamos.

Saímos do carro e entramos num prédio. A pequena viagem de elevador foi ainda mais constrangedora que a de carro.

Entramos num apartamento. Era muito simples e limpo. Mal entrei encontrei em cima de um móvel fotos minhas com pessoas que eu desconhecia totalmente. Algumas eram das três raparigas a Ana, a Alex e a Maria. Não sei como nem porquê mas o meu coração acelerou e uma dor enorme apoderou-se dele. Lagrimas percorriam o meu rosto. Não aguentava, não aguentei mais… cai de joelhos e chorava desalmadamente.

Harry;: Guida…- sentou-se ao pé de mim e abraçou-me- o que se passa?

Eu: eu, eu… eu não me lembro… de nada! Não sei quem sou, quem vocês são… eu não sei…- eu só chorava não o consegui evitar

Ficamos ali abraçados. Só nós ali sentados naquele chão. Eu deixava as lágrimas escaparem-me e ele confortava-me num abraço forte.

O seu toque sabia bem. Sentia-me protegida. O seu cheiro… era-me familiar, de alguma forma eu sentia que o conhecia. Bem lá no fundo eu sabia que o conhecia, ou pelo menos eu queria acreditar que sim. Eu reconhecia aquele toque mas quando me tentava lembrar tudo desaparecia novamente, como se fosse levado pelo vento… acabei por adormecer nos seus braços.

*Harry*

Ela adormeceu. Nos meus braços... tinha saudades disto, de a ter aqui comigo, tão perto, segura.

Apesar dela não se lembrar eu quero acreditar que ela sente que me conhece, é só uma questão de tempo. Como o Niall disse é dar tempo ao tempo.

E vê-la assim tão frágil, tão triste, tão não ela , sem o seu sorriso que alegrava o meu dia mata-me.

Peguei nela e levei-a para o quarto, deitei-a na cama. Á primeira vista era a minha Guida, mas de alguma forma ela já não existe. Desapareceu. Desapareceu naquele maldito acidente. Naquele dia em que voltei a prometer protege-la e não o fiz. Naquele dia em que a perdi…

Decidi ligar ao zayn e pedi para avisar os outros que eu já a tinha trazido para casa. Ele ficou super contente e combinamos que mais tarde eles passavam cá e traziam o jantar.

#olá desculpem a demora a publicar mas como disse na pagina eu estava sem computador. desculpem desculpem desculpem esquero que me desculpem e preparem-se para muitas novidades. muita coisa vai acontecer nos proximos capitulos o que acham que é? algum palpite?

My dream My life (terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora