Quebrado

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Emma Agreste estava com uma jardineira simples e seu tenis favorito, a animação da garota estava as alturas, ela sempre amou tocar violino, seu pai costumava dizer que teve uma época que sua mãe havia feito algumas aulas e como sempre, ela apreendeu a tocar, o pai sempre dizia que sua mãe era boa em absolutamente tudo. Marinette Dupain-Cheng era simplesmente perfeita.

Tudo o que fazia parecia ter um talento nato. Emma queria ter conhecido a mãe, ela tinha certeza que teriam sido grandes amigas. 

Uma foto era tudo o que lhe restava. Uma foto e nenhuma lembrança, seu pai havia dito que Marinette nem mesmo teve chance de pega-la em seus braços. Isso causava dor na menina, sua mãe nem mesmo pode ver sua filha, o mundo tinha sido tão injusto.

— Em...? - a voz de Adrien desperta a filha dos pensamentos confusos. Ele estava parado na porta parecia que tinha batido mas a garota não tinha escutado. — precisamos pegar o avião querida. 

Eles moravam na inglaterra em uma cidade isolada que parecia mais uma prisão, uma vez seu vo Gabriel havia dito a Emma que os Agrestes estavam se escondendo. Emma não sabia do que eles se escondiam mas apartir dos 14 anos, ela e Lucie, sua melhor amiga. Criaram a teoria de que sua familia era fugitiva da mafia francesa, claro que aos 17 descobriu que eles fugiam mesmo era da imprensa. 

Seu pai havia ficado louco quando Emma lhe disse que queria especificamente ir pro acampamento de música em Paris.

— Emma, eu apoio totalmente sua música mas porque Paris? Eu posso te mandar pros melhores acampamentos de Los Angeles ou ate mesmo Nova York! - disse pela décima vez em um intervalo de 3 horas. Emma suspirou.

— Você sabe porque quero ir especificamente nele. Você e mamãe passaram um verão lá, você contou que ate mesmo acharam que teriam futuro na música clássica. Foi o melhor verão da vida de vocês. Papai eu preciso ir la, eu quero saber onde ela foi, eu sinto que se eu for poderei resgatar um pouco da minha mãe. - os olhos da garota embaçaram atrapalhando sua visão, uma lágrima solitária rolou pela sua bochecha. Ela olhou pro pai e lembrou de pensar que nunca o tinha visto tão triste. 

Adrien parecia estar com dor, parecia uma dor até mesmo física como se Emma o tivesse batido na cara, a garota se arrependeu de ter tocado no nome da mãe, seu pai sempre ficava tão triste. 

Quando abriu a boca pronta pra se desculpar sentiu os braços do pai lhe envolverem em um abraço apertado, Emma arregalou os olhos surpresa mas logo se rendeu ao abraço, eram os braços de seu pai, o homem que lhe criou sozinho e fez tudo o que podia por ela, ele tinha a idade de Emma quando virou pai, Emma sempre se perguntava se poderia amar o pai mais do que já amava. O homem que esteve sempre com ela

Adrien apertava a filha com tudo de si, seu coração doia, era uma ferida gigante como seu corpo inteiro. Emma sofria pela mãe, Adrien sabia que isso iria acontecer, ele mesmo passou 2 anos da sua vida sofrendo o luto por Emilie, mas um dia seu pai lhe revelou que ela estava em coma num hospital estrangeiro e que depois de anos finalmente a curaram. O loiro lembrou de como pareceu que seu mundo voltou a brilhar quando olhou para a mãe, a mãe que ele achava estar morta.

Ele sempre pensava será que deveria dar o mesmo milagre pra Emma? 

Mas eram casos diferentes, Emilie nunca o abandonou, e nem mesmo deixou uma carta e uma criança pra tras. Marinette fez a escolha dela, ele sabia. Ela decidiu deixa-los e sofrer por uma mãe que não teve tempo de te amar, é muito melhor que uma viva que não te ama. 

— Eu te amo, bebe - disse de olhos fechados enquanto respirava o cheiro familiar da filha. Sua pequena.

— Eu também te amo, pai - ela sussurrou com um pequeno sorriso, o coração do loiro se aqueceu. Emma sempre brigava quanto ele lhe chamava de bebê, alegava estar grande demais.

Dois Mundos Collidem | Adrienette Onde histórias criam vida. Descubra agora