ONE-SHOT
Natasha, uma adolescente entediada e trancafiada dentro de casa, devido a pandemia do COVID-19, decide chamar seu amigo para uma partida de ludo.
Mas nenhum dos dois imaginavam que no meio do jogo, eles fariam uma aposta valendo um beijo...
Mais um dia trancada em casa, deitada na minha cama, ouvindo música, sem fazer nada. Bom quer dizer, em partes, pois tem essa merda de EAD que ninguém aguenta mais. Vamos lá, já estamos em agosto e ninguém tem mais cabeça para isso.
Exceto, meu melhor amigo, Steve. Ele é a pessoa que está me salvando nesses tempos. Ele consegue entender todas as matérias que os professores passam - algo incrível, diga-se de passagem - e depois por vídeo-chamada, me ensina os pontos que eu não entendi da aula.
Um verdadeiro anjo.
Um anjo gostoso.
Eu e Steve nos conhecemos no primeiro ano do ensino fundamental, ele era um dos menores da turma e super fraco em comparação com os outros, além dos dentes tortos.
Nunca implicaram com ele por esses motivos, o que é um alívio - mesmo eu achando que depois de uns anos, só não implicaram com ele, pelo fato dele andar comigo -, já que essa não é a realidade de muitos. Mas ele era um garoto isolado e poucas palavras. Resumindo: ele não tinha amigos.
Naquele ano, eu cheguei um pouco atrasada no ano letivo, resultando em uma dificuldade em formar amizades, já que a maioria já tinha os grupinhos formados. Não sei quando ou como começamos a conversar, só sei que em um dia eu andava sozinha e no outro estava brincando com Steve.
E a nossa amizade continuou ao longo dos anos, só que eu nunca iria imaginar que começaria a desejar o meu melhor amigo ou mesmo ter me apaixonado por ele.
O Steve sempre foi bonito, mesmo sendo um pouco magricela e com o aparelho quando mais novo, porém de uns meses para cá, depois de muito treino na academia e anos com o aparelho, sua aparência deu um upgrade, fazendo várias garotas que nem davam bola para ele no passado despertarem um interesse repentino.
E Steve sempre foi uma pessoa incrível, dona Sarah tinha o educado bem. Ele era bondoso, não guardava rancor, ajudava várias pessoas, além do dom maravilhoso para pintura.
Ele tinha feito 17 anos no mês passado e por culpa da quarentena eu não pude estar presente fisicamente, mas estava virtualmente em uma chamada, o que não o impediu de implicar comigo por fazer aniversário somente no final do ano, mais precisamente em dezembro, perto do natal.
De uns dias para cá, eu andava pensando muito nele, não no sentido de amigo, mas no sentido sexual e amoroso? Ele já era bonito antes, mas depois da pequena mudança, ele ficou dez vezes mais atraente. No sentido amoroso eu não tinha certeza, podia ser somente um fogo temporário já que eles estava um gato, mas isso era algo para ser deixado para depois.
Rapidamente peguei meu celular e mandei mensagem para ele.
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