O Primeiro Deles

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Prostitutos de 1890 estiveram sempre vulneráveis

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Prostitutos de 1890 estiveram sempre vulneráveis.

Numa era onde doenças da mente transbordavam e, graças a isso, hoje, 

temos os maiores e mais conhecido assassinos em série da história, um homem de roupas longas e muito dinheiro age.

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Este era esbelto. Sua aparência era a de um anjo. Tão inocente, tão puro, tão angelical. Andava pelas calçadas em pleno luar pelas ruas inglesas e tortuosas da noite do 211º dia de 1896. Cabelos longos como o de uma dama, o corpo era magro e delicado como o de uma garota. As unhas pintadas de vermelho e a maquiagem suave — por mais que tão acentuada —, faziam com que tremeliques subissem pelo meu corpo.

Me aproximei do prostituto — diria que tinha por volta de seus 14 anos — e, tirando a mão de meu casaco, acariciei seu rosto — este suave como uma pétala de rosa. Era ele! Ele seria o primeiro! Tirando minha outra mão do bolso, puxei 500 xelins e mostrei para o garoto. Entreguei-lhe 250 deles, afinal entregaria o resto apenas após seu serviço. Rumamos para minha casa.

Entramos no lugar e o acompanhei até o quarto. Passando da porta, com um estrondoso baque que ressoou por um único instante, fiz com que adormecesse. Levei-o ao porão e o pus sobre a mesa de madeira. Alguns minutos depois, quase uma hora inteira, acordou. Viu-se imobilizado por grossas cordas na mesa, mais um pano impedindo que soltasse um pio sequer.

"Mantenha-se parado, é claro. Não mova um músculo sequer! Só estou querendo medir a distância entre seu molar e sua mandíbula. Esse paquímetro não é motivo algum de medo, garotinho. Não, não machuca. Só vai ajudar a medir a quantidade de pele que tens — ah! E a camada mais superficial de gordura, também.

"Pois se controle! Não farei a incisão até que tu estejas bem e anestesiado. Gargalhar de ti será tão, tão divertido! E não ouse se mover! Vai ser tão bom, tão legal, interessante e gostoso, ao te trazer mais perto de mim. Pois então, não se contorça, nem mesmo se preocupe, afinal não vou te machucar... ainda.

"Eu tenho essa necessidade, sabe? Preciso trazer-te mais próximo de mim, garotinho. Um pouquinho de ti, de derramamento de sangue. Eu conheço a sensação que sente agora. Provavelmente, está gritando de pavor — por dentro, é claro —, mas te cortar por inteiro será extremamente relaxante, eu garanto — ah! E como! 

"Agora, não chore, por favor. Relaxe, garoto! Deixe-me dar uma olhada nas unhas desses dedinhos!" — disse eu, excitado com o corpo seduzente do garotinho. — Ah! Mas que lindinhas elas são! De fato, vermelho é uma cor que fica muito bem em ti. Mas, logo, logo, não precisará mais delas — não quando não tiver mais joelhos! Ou canelas, mindinhos ou até artérias! Pois seja forte, meu amado, não lute contra meus desejos! Pois assim, estaria fazendo tudo do jeito errado!

"Anestesiado e pronto, não? Fico contente, meu amor. Foi realmente satisfatório, querido. Durma bem."

Joguei os outros 250 sobre o cadáver ainda quente e lambuzado de sangue. Sem a mão direita, com o abdômen aberto e dilacerado. Os olhos, retirados, prendendo sua alma para sempre ficar ao meu lado. Retirei-me ao meu quarto. Depois de todas essas emoções, dormi como uma rocha. 

 

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⏰ Última atualização: Sep 06, 2020 ⏰

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