3. A Carta

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Duas semanas depois da chegada em Hogwarts.

O plano de Albus começou em um domingo, duas semanas depois da minha chegada em Hogwarts. E para ser sincero, não sabia no que ia dar. Mas gostei de como ele fez dar certo.

Os outros garotos do meu dormitório pareciam estar enfeitiçados. Era como se uma falsa memória sobre mim tivesse sido jogada no ambiente. Eles me cumprimentavam naturalmente, como se eu não fosse um completo estranho que chegara do nada.

Aos domingos, os que não saíam para os treinos de quadribol, ficavam na sala comunal aproveitando a variedade de livros espalhadas por todo o ambiente. Eu estava quase sozinho quando uma coruja linda, branca com pequenas manchas pretas, bateu na janela ao lado da minha cama. Abri e a deixei entrar. Ela me entregou um envelope feito de pergaminho, a insígnia de Hogwarts sob um lacre de cera vermelha. Era a Carta. A coruja ainda me fazendo companhia. Lhe dei um sicle. Ela partiu céu a fora. Sorri e abri. A carta continha os seguintes dizeres:

"Caro Sr. Malfoy (ou Greenblack, como preferir), torre da Corvinal, etc e tal.

Eis aqui a carta que oficializa sua entrada para a

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Não me lembro o que vêm escrito nessas cartas. Lista de material e coisas assim. Isso você já tem.

Agora que é oficialmente um aluno de Hogwarts, prepare-se para 

o melhor ano escolar de sua vida.

Sinta-se em casa. Você é muito bem-vindo em nossa escola.

Nossas aventuras estão apenas começando.

Com amor,

A. S. Potter."

Ele não existia. Se existia, com certeza não era uma pessoa comum. Dobrei a carta e a guardei cuidadosamente dentro da fronha do travesseiro. Eu com certeza voltaria a ler isso em breve.

Me arrumei apressadamente e corri escadas abaixo a fim de sair do salão comunal a procura de Albus. Não precisei me esforçar muito para encontrá-lo. Quando saí no corredor, lá estava ele. O sorriso leviano no rosto, os cabelos levemente despenteados.

— Você sempre usa preto? — perguntou sorrindo. Ele estava de verde escuro, a cor de sua casa. Combinava bem com ele.

— Quase sempre — respondi. Eu estava empolgado por ter ele ali me esperando. Albus se aproximou e eu o abracei.

— Obrigado pela carta. Me sinto realmente melhor.

— Teremos coisas ainda mais surpreendentes se quer saber.

— Tá levando isso bem a sério, não é?

— Bastante — ele riu e saiu andando, me puxando pela mão.

***

Descemos as escadas e Albus nos levou para fora do castelo. Sentamos no gramado, uma parte um tanto isolada. Um bom lugar para se ficar a sós com alguém.

— E então, me conta — senti o vento contra minha pele — Como fez a carta? Quer dizer, você realmente usou a insígnia de Hogwarts.

— Tenho meus contatos — ele deu de ombros.

Eu o admirei. Albus ficava lindo sob o sol da manhã.

The Night We Met | ScorbusOnde histórias criam vida. Descubra agora