Amor Juvenil (Garycato) [Cancelada]

.9. Pré-Adolescente I

Avocato estava indo buscar Gary na escola. Era Dia dos Namorados e o menor estava muito animado porque queria dar seu cartão para ele e, por isso, pediu que ele o buscasse.

Ele chegou ao portão da escola e o sinal ainda não havia tocado, então ele esperou por alguns instantes até ouvir o som de saída. Muitas crianças saíram amontoadas enquanto ele buscava  a imagem do pequeno loiro. Não demorou muito até ele localizá-lo no meio de uma multidão que, pelo visto, ele era o causador, já que muitos jovens queriam entregar seus cartões para ele. Gary parecia incomodado e apenas interessado em sair de lá.

Quando enfim avistou o carro de Avocato, Gary se empolgou e rapidamente arrumou um jeito de atravessar a multidão. Quando finalmente chegou no carro ele se despediu de seus fãs sem mais delongas e entrou, pedindo para Avocato pisar na tábua.

- Você parece bem popular entre seus colegas. - O ventrexiano comentou, enquanto ria.

- Eles são legais, mas não estou interessado no que eles querem me dar. - O menino respondeu um tanto irritado.

Avocato percebeu a chateação do menor. Ele sabia que o motivo era seus planos de se casar com ele, já que ele ainda não havia desistido daquilo.

- Sabe, Gary, eu sei que você ainda é um pouco novo...

- Eu já tenho 12 anos! Sou praticamente um jovem adulto - Ele disse determinado e algo animado, pensando que Avocato fosse sugerir algo interessante para ele.

- Claro, pois bem... - Ele pausou - Eu acho que você deveria dar mais chances aos seus colegas, sabe, para se "aproximar". Como aquele sua colega, Quinn, ela parece gostar mesmo de você.

- Quê?! Eca! Nós somos só amigos! E eu não tenho interesse em mais ninguém além de você, Avocato. - O menino pirraçou, o comentário do adulto não só o havia magoado, mas também o ofendeu.

- Gary, você tem que largar esse pensamento. Eu sou séculos mais velho que você e nem sequer somos da mesma espécie. Você deve dar prioridade às fêmeas humanas. - Ele insistiu. Agora eles estavam perto da casa dos Goodspeed, já encostando na calçada. - Aliás, eu te conheço desde que nasceu... Eu te amo, mas é mais como um...

- Não! Não diga isso! - O menos tampou os ouvidos.

- Gary, você tem que aceitar que a maneira como te vejo é...

- Não! Cala a boca! - Ele gritou tirando as mãos dos ouvidos.

- Gary! - Avocato levantou a voz.

- Não! Eu não quero seu maldito amor paterno! Eu quero casar com você, Avocato. - Ele gritou, agora chorando.

- Gary... - Ele disse, mudando para um tom mais compreensivo.

- Eu te odeio!! - Ele abriu a porta e saiu correndo.

O ventrexiano ficou lá, processando o que acabava de acontecer, para então deitar a cabeça no volante. Ele não sabia o que fazer: se corria atrás do menor e tentava acalmá-lo ou se o deixava se acalmar por conta própria.

- O que foi isso? - John perguntou, se escorando na janela do carro.

Hormônios? Talvez seja genético. Por lado de mãe...