Verde

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O céu antes tingido de vermelho agora tinha sido dominado por um verde azulado que combinava com os galhos que agora cresciam por toda paisagem. Logo percebi que tinha voltado para o primeiro palácio e uma árvore estava belamente entre a extremidade em que eu estava e outra, pulei pisando na árvore a qual não afundou me permitindo seguir para o outro lado.
Porém antes de alcançá-lo as estrelas saíram de minha companhia e de minha vista, agora, sozinha atravesso vendo o verde e o vermelho se misturarem até ver aquele bando de pássaros formando uma sombra e quebrando a ponte que me deixava retornar ao altar, assim corri com medo de ser alcançada por eles e me deparo com o fim da plataforma, um abismo.

Fechei os olhos e apenas saltei, quando aterrissei, abri meus olhos vendo a mais bela floresta que podia imaginar, os troncos surgiam avermelhados e finalizando com uma folhagem esverdeada, pelo chão coberto de grama podia-se ver alguns bichinhos caminhando, pilastras se erguiam e jarros poderiam ser vistos espalhados aleatoriamente pela bela paisagem.
Minha caminhada permaneceu tranquila, a paisagem ajudava e de vez em quando as árvores sumiam me fazendo esperar até que reaparecer. Assim continuei até a beirada de uma caída, dessa vez mais baixa saltei sem medo tendo que quedas maiores não me machucaram e aterrissei tranquilamente.

Já em baixo percebi uma figura familiar ao longe me observando, Arthur, assim que o vi fui em sua direção e ele correu, saindo do meu campo de visão. Corri atrás dele sem encontrá-lo e abraçando-o ao encontrá-lo.
"Oi Liz"
Me disse tímido, sorrindo e eu retribuindo o sorriso.
Arthur me guiou pela floresta entrando num túnel escuro, por dentro é la encontrando uma estrela.
Saímos do túnel e fomos em direção a um Palácio de colunas esverdeadas, não havia muito para onde ir porém ele me guiou para um grupo de borboletas que voavam juntas e saltou sobre elas e indo para o piso superior.
Fiz o mesmo e lá vi um salão com uma árvore que preenchia a sala com seus galhos e folhagem.
Subimos até a parte mais alta do salão e utilizamos outro grupo de borboletas para sairmos do lugar. Subimos mais e mais até estarmos no topo do palácios nuvens estavam em tons de verde e vermelho e um bando de borboletas me chamavam em busca de um salto sem ciência do destino.
Saltamos, leve com as borboletas nós rodeando, subindo cada vez mais assim chegando a uma parte suspensa do lugar.

Explorando encontramos mais uma estátua de uma mulher, porém dessa vez ela estava como se estivesse dando um passo, ela era de certo modo familiar, porém não conseguia saber de onde.
De repente víamos os pássaros se aproximarem e formarem uma única sombra de pássaro gigante. Ele parou na nossa frente e gritou nos jogando para trás, corremos na direção oposta porém a sombra nós acompanhou e deu mais um de seus gritos, a diferença é que dessa vez eu estava preparada e pus meu escudo como usei de proteção contra os ventos momentos atrás.
Subimos mais um pouco em tentativa de fuga, as vezes que eramos atacados utilizávamos o escudo ou nós deixávamos levar para fugir.
Depois de muita fuga chegamos numa das partes superiores, onde não havia como fugir ou se esconder, a unica coisa que podíamos fazer era resistir, e como resistimos.
Por enquanto o pássaro tentava nos atacar nuvens vermelhas escuras invadiam o lugar antes levemente tingido dessa cor e o grande sino que estava no meio se mexia cada vez mais até que o estrondo fazer aquilo finalmente desaparecer.
O vermelho desapareceu, surgindo nuvens brancas no lugar, borboletas começaram a surgir nos permitindo que pudéssemos sair de lá.
Fomos para uma nova área de palácio, já podia ver ao longe uma plataforma das mesmas que me trouxeram aqui, antes dela, entramos em um dos salões e o que tinha dentro dele me surpreendeu, todos os Gaudérios espalhados fizeram festa ao nos ver o que me deixou um pouco emocionada, tenho que admitir, mas não podia ficar lá por mais tempo, e foi isso que Arthur me sinalizou pouco antes de minha partida.
Agora, sozinha novamente, andei pela plataforma preenchida pelo breve carinho dado pelos Gaudérios a mim quando chego a meia estrutura de mulher, a mesma que já havia encontrado outras vezes, ainda não conseguia reconhece-la, ao se aproximar o tom do mundo mudou e gotas azuis tingiram lindamente o céu e uma chuva começou.

Liz GrisOnde histórias criam vida. Descubra agora