Um casal e seus (muitos) bebês

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roi gente sentiram minha falta? (caso a resposta seja não, não responde que eu choro)

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Eu sou um bom pai, né? Tipo, eu tenho três filhos e nenhum deles parece afetado pelos meus surtos, nem mesmo o meu marido parece afetado (Se a frase ''você é o que você come'' fosse verdadeira, eu teria pena do Jeongguk). Isso significa que eu estou conseguindo. Mesmo que a gravidez me deixe mais chato, mais gordo, rabugento, carente, chorão, briguento, e mais surtado que o normal. Jeongguk me quis assim, não pode me deixar quando perceber que eu vou continuar assim.

Mas se eu sou tão legal, por que me filho insiste em me chamar de chato? Só porque ele quer ficar trancado no quarto com o namoradinho dele? Que absurdo. E ainda bate à porta! Eu não gosto de desobediência não, viu, Jihoo? Principalmente quando eu tô com um bebê na barriga.

— Boa noite! — Jeongguk disse assim que entrou pela porta e largou suas coisas no sofá, para então, vir em direção a mim e me dar um beijinho singelo e seguir em direção a cozinha.

— Jeongguk você é um pai ruim. — Briguei com ele, mesmo que ele não estivesse me ouvindo, por isso eu gritei.

— Eu? Mas o que eu fiz? — Apareceu no meu campo de visão, com o rostinho atordoado.

— Exatamente! Tem algo que você deve ter deixado de fazer e agora o Jihoo me acha chato. — Parou em minha frente segurando um copo de água enquanto me encarava, incrédulo.

— Mas porque a culpa é minha?

— Tenho que culpar alguém. E você jurou diante de deus me amar até a morte. — Expliquei. Eu estava sentado na mesa de jantar olhando no notebook algumas lojas com produtos para bebês.

— O que aconteceu exatamente?

— Bem, ele trouxe aquele namorado dele, o bombadão. E eu disse antes dele chegar "Boca aberta entra mosca, porta fechada tu toma na rosca." — Jeongguk arregalou os olhos. — O quê?

— Você traumatizou nosso filho! — Brigou comigo.

— Não fiz isso. Eu só fui objetivo. E sabe o que ele fez?

— Chorou horrorizado? — Disse como se fosse óbvio.

— Não! Ele se trancou lá dentro com o namorado! E sabe mais? Quando eu bati na porta para que ele abrisse ele gritou. Gritou, Jeongguk.

— O que ele gritou?

— "Não tem ninguém aqui!" — Imitei e meu marido começou a rir. No meio da conversa, ele tinha se sentando em minha frente, então aproveitei para chutar sua perna.

— Ai! Doeu! — Resmungou, mas continuou rindo.

— Se não fosse pra doer eu fazia carinho. Por que tá rindo ainda, palhaço?

— Jimin, ainda não percebeu que o Jihoo é exatamente como você? — Disse, me encarando e no mesmo momento eu gelei.

— Meu deus eu era um pestinha. — Jeongguk concordou com a cabeça, ainda rindo. — E você gostava de mim mesmo assim.

— Pra caramba. Eu acho que tenho uma queda pelos piradinhos. — Levantou-se e veio em minha direção para beijar o topo da minha cabeça. Aceitei o carinho de bom grado, até que...

— Perai, que outro piradinho você gostou?

[...]

Então eu estou no quarto filho e ainda não aprendi que eu não gosto de festa com crianças. Eu gosto das minhas crianças, e às vezes eu fico chateado, mas amo-as mesmo assim, só que as crianças dos outros não são minhas, então eu fico chateado com elas frequentemente. Principalmente com muitas juntas correndo por aí e gritando.

Dois amigos e um bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora