Era de Ultron - 4

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Quinjet - Seul

Astrid

Nunca tinha vindo para Seul. Nunca me interessei, na verdade, pela Ásia. Acho que meu subconsciente acabava me levando para lugares onde eu sempre quis visistar, me engando silenciosamente dizendo que era para proteger pessoas e fazer a justiça. Porém, encarando a grande metrópole, percebo que era mentira.

Puxei a trança para longe do pescoço, sentindo o calor do local me incomodar por completo. O ar-condicionado da nave não resolvia meu problema com altas temperaturas. Era como se ele não existisse, e o calor me atingia de qualquer jeito. Fazendo com que meu corpo inteiro esquentasse, e consequentemente, fazendo as chamas em meu sangue se manifestarem.

Assim que voltei a atenção para dentro da Nave, percebi que os olhos verdes de Natasha estavam presos em mim, e seu rosto estava indecifrável.

─ O que? ─ perguntei, me sentindo incomodada com a atenção extra

─ Onde Fury manteu você? ─ franzi o cenho para a pergunta e ela deu de ombros ─ Não é a primeira vez que ameaçam nosso mundo e só descobrimos sobre você agora. Então, eu estava me perguntando, onde Fury te manteu todo esse tempo que precisamos? ─ era um crítica, e também mostrava o quanto ela não confiava em mim e não entendia porquê Fury mentiu

Por esse lado, poderia sentir dó deles. Apenas peões girando sob o controle de alguém que eles pensavam qur conheciam mas não conheciam de verdade. Porém, é assim que as coisas funcionam. Se souberem de mais do que já sabem, acharão que merecem mais do que já tem.

─ Fury me manteve aonde eu precisava estar. ─ respondi simples, não lhe dando uma resposta de verdade

Percebi que Steve também me encarava, agora. O Capitão me olhava com decepção nos olhos, como se esperasse que eu lhes disse tudo sobre o que passei. Eles queriam informações, queriam saber da verdade, achavam que a mereciam. Mas essa história não da conta deles. Eu não sou da conta deles. Não confio neles e não espero que confiem em mim. Só quero acabar com isso logo.

─ Se preparem, tá na hora. ─ a voz de Clint se fez presente, e ele era o único que parecia completamente a vontade com o fato de eu não dar resposta

De qualquer forma, Clint não precisava de respostas.

─ Astrid, comigo.

Acompanhei Steve até a porta do Quinjet, ainda me incomodando com o calor do local.

─ Vou abrir! ─ Clint apertou um botão e as portas se abriram

─ É, e que comece o show! ─ falei antes de eu e Rogers pularmos do Quinjet, atigindo o prédio

─ Dois minutos, fiquem perto! ─ disse pelo ponto

Não demorou para entrarmos no prédio, e demorou menos ainda para entendermos que chegamos um pouco tarde. Nosso pés pissavam em milhares de cacos de vidro, a luz sob nossas cabeças oscilava, alguns cabos estavam espelhados por todo o local, e as telas digitais dos computadores estavam desligadas e algumas quebradas. Havia alguns corpos mortos espalhados pelo local, sangue por quase toda parte. Steve, ao ver uma mulher estirada no chão e ensanguentada, correu em sua direção, me fazendo o acompanhar.

─ Doutora Cho! ─ nos agachamos perto dela

─ Ele está... Se transferindo para o corpo. ─ falou com dificuldade

A Filha de ThorOnde histórias criam vida. Descubra agora