Guerra Civil - 3

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Astrid

Eu ando por um campo muito extenso, ele é inteiro sem árvores, só com grama rala e algumas flores brancas. Mais a frente há um lindo e cristalino lago, no meio dele tem um pequeno barco de madeira com minha espada nele. Franzo a testa e levanto a mão para a ela, mas ela não correspondeu ao meu chamado. Como se não fosse minha... Olho para trás, setindo a presença conhecida de alguém, e para minha surpresa vejo alguém que não imagina rever... Heimdall.

— É bonito não é? — pergunta para mim, se aproximando calmamente — Ver. Ter o dom de enxergar tudo a sua volta. — ele fala calmo, com a mesma calma de sempre — Você e eu somos abençoados por Odin, por ter tido a honra de ter esse dom!

— Onde estamos? — pergunto olhando em volta, não reconhecendo o lugar

— Passado? Futuro? Sua mente? — ele dá de ombros — Eu não sei, me responda você.

— Eu não sei... Talvez o passado? — olho para o lado outra vez, não reconhecendo aquele lugar — Ou então... Minha mente. Eu não sei!

— Sabe sim Astrid! Você tem esse pequeno azar. Você sabe demais, só não está querendo entender ainda!

— Como assim?

— Seja honesta Astrid. Com as pessoas em volta e consigo mesma! — o olho sem entender — Sobre seus sentimentos. Afinal, acho que em ações não tem como você ser mais autêntica!

— Como assim, sobre meus sentimentos?

— Você sabe, assim como sabe onde estamos. Só não quer pensar naquilo que não faria sentindo no momento! — desvio o olhar para baixo, pensando um pouco — Hora de acordar, Astrid!

— Estamos em uma quebra de tempo. — sussurro, respondendo sua pergunta anterior

— Astrid?!

— Passado e Futuro se cruzam...

— Astrid?!

— Não é uma coisa boa, uma guerra nunca é a solução...

ASTRID?! — ele segura meus ombros e quando eu o encaro seus olhos, me assusto ao vê-lo cego

Berlin

Levanto em um pulo sugando todo o ar de meus pulmões, como se eu estivesse sido enterrada viva e fazia tempo que eu não respirava ar puro. Meu corpo está inteiro dolorido e grudento, enquanto o calor insuportável md fazia sufocar a cada segundo.

Sinto mãos grudarem em meus braços, me puxando de volta para o lugar onde estava antes de acordar. Estamos em um carro grande, ao meu lado está Sam e na nossa frente Steve e T'Challa. Quem me segura, é Sam.

— Astrid, que bom que acordou. — ele parece genuinamente preocupado — Você está bem?

Fui esmagada por toneladas de concreto, eu pareço bem?!

— Sim. — prefiro responder isso, apesar da pergunta idiota

Respiro fundo e tento me concentrar em minha respiração, calculando um pouco o que faria a seguir.

A Filha de ThorOnde histórias criam vida. Descubra agora